EUA não sabem o que fazer para pagar a dívida pública e pressão aumenta
Houve alguns sinais de esperanças nesta semana de um possível compromisso baseado numa ampla proposta de corte de déficit por parte de um grupo bipartidário de senadores. Tal proposta poderia evitar um default e resguardar o rating “AAA” dos EUA. Mas o risco é bastante alto, e a divisão muito ampla entre o presidente democrata e seus rivais republicanos. Há temor de que as negociações possam falhar, à medida que o início do próximo mês se aproxima. Obama pediu na quarta-feira que os líderes do Congresso fossem à Casa Branca para terem as primeiras conversas de dívida cara a cara nesta semana, numa nova tentativa de obter algum consenso. Depois disso, os assessores procuraram falar pouco sobre as discussões.
Os encontros separados de Obama com republicanos e democratas ocorreram após a Casa Branca, demonstrando uma postura mais flexível do presidente, sinalizou que Obama poderia apoiar um aumento de curto prazo no limite da dívida por “alguns dias” caso os parlamentares concordem com um abrangente acordo de redução de déficit. O movimento refletiu a crescente realidade política de que o tempo é curto para que o Congresso aprove um tipo de plano maciço de corte de déficit que Obama está buscando antes que o governo fique sem dinheiro.
Um fracasso até 2 de agosto poderia colocar os EUA numa nova recessão e ditar ondas de choque aos mercados financeiros globais. Os líderes democratas e republicanos da mesma forma têm tentado assegurar aos mercados que um default será evitado, mas estão longe de concordar sobre como fazê-lo. Os republicanos querem que qualquer aumento no limite de dívida inclua profundos cortes de gastos, mas se opõem a qualquer elevação nas receitas. Os democratas querem mais impostos para os norte-americanos mais ricos como parte de um pacote de redução do déficit, opção descartada pela maioria dos republicanos nos EUA.