Proprietário de terra denuncia invasão de lavoura em Água Preta
O proprietário de terra Valdinei Alves de Almeida, 32 anos, denunciou neste domingo que sua lavoura foi invadida e teve parte da plantação de cana-de-açúcar destruída por um trator de esteira, na localidade de Água Preta, em São João da Barra (SJB). Ele acredita que as responsáveis pelo ato seriam as empresas terceirizadas pelo grupo LLX, que pretende construir nas fazendas ali existentes, o estaleiro e uma siderúrgica para atender ao Porto do Açu, como há placas indicando no local. Segundo Valdinei, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), que está desapropriando as terras, também teve participação na invasão. Houve tumulto no local e a Polícia Militar foi chamada. O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), em Campos, coronel Gilmar Barros, teria estado na propriedade, acompanhado de pelo menos sete viaturas, mas a equipe de reportagem da Folha da Manhã na conseguiu contato com ele.
Valdinei disse acreditar que sua propriedade, de três alqueires, foi invadida na tarde do último sábado, após ele ter saído, por volta das 16h30. “Moro em Mato Escuro, mas diariamente venho aqui para colher maxixe, pois envio diariamente para a Central de Abastecimento (Ceasa) no Rio, cerca de 150 caixas”, contou o lavrador, mostrando bandeiras vermelhas que teriam sido fincadas nas suas terras, para demarcar áreas onde a máquina vai passar.