A REGIÃO NORDESTE TAMBÉM DISCUTE A PROTEÇÃO DAS SEMENTES CRIOULAS
Numa demonstração que a discussão sobre a proteção do patrimônio genético dos alimentos que sustentam a humanidade é algo que está ocorrendo apenas em um ponto do Brasil, a nota abaixo fala da realização do II Encontro de Sementes do Semiárido Brasileiro. O fato é que quanto mais cedo nos inteirarmos dessas iniciativas, mais rápido poderemos nos engajar numa discussão que deverá ser central nas próximas décadas, visto que a disputa entre as corporações sementeiras e os camponeses deverá ser um dos principais embates que ocorrerão no campo político em nível internacional.
E como bem diz a carta lançada no encontro e que está na base da nota abaixo:
Sementes: patrimônio dos povos a serviço da humanidade!
Carta política do II Encontro de Sementes do Semiárido Brasileiro
“Agricultura familiar camponesa na luta por direitos pela soberania alimentar e pela agrobiodiversidade no semiárido”
Somos 150 agricultores e agricultoras familiares, educadores e educadoras populares e representantes das organizações de assessoria. Participamos da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), e nos reunimos em Maceió, Alagoas, para reafirmar o nosso compromisso com a defesa dos nossos direitos e do nosso patrimônio: Sementes Crioulas, também chamadas Sementes da Gente, Sementes da Paixão e Sementes da Resistência, que são indispensáveis para a convivência com o Semiárido em bases agroecológicas, para a segurança alimentar e nutricional em nosso bioma e para enfrentar o grave problema das mudanças climáticas.