segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dedicação Exclusiva: fundamental na UFRJ, dispensável na UENF?


Num momento em que a reitoria da UENF se curva ao moribundo (des) de Sérgio Cabral, eis que a Rede Globo produz uma interessante matéria sobre os efeitos benéficos para a universalidade do regime de Dedicação Exclusiva para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, a partir do exemplo do "Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia", a Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O mais lamentável é que a reitoria da UENF quer destruir esse modelo de excelência que fez a universidade crescer rapidamente não apenas quantitativamente, mas também qualitativamente. Essa falta de compromisso como os objetivos estratégicos que levaram à criação da UENF em Campos é desmascarada de vez por essa matéria. Mais revelador ainda é o vídeo produzido pela Globo News para ampliar o conteúdo do artigo.

Mais do que nunca, cabe aos que não querem que a UENF seja deformada e castrada entrar na campanha sendo realizada pela ADUENF para impedir que esse golpe seja concretizado. O mais pífio disso tudo é que Sérgio Cabral poderá não durar o suficiente no Palácio Guanabara para finalizar o serviço que a reitoria da UENF começou.

Coppe da UFRJ completa 50 anos de inovações tecnológicas para o Brasil


O Cidades e Soluções aborda algumas das transformações inéditas no país, promovidas por instituições de pesquisa e estudos de educação.

O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, a Coppe da UFRJ está completando 50 anos e é referência como uma das instituições de pesquisa e inovação tecnológica mais importantes do país.

Lá, foi desenvolvido o primeiro protótipo brasileiro de ônibus movido a hidrogênio e o primeiro trem capaz de flutuar nos trilhos usando uma tecnologia única no mundo. É um dos mais importantes laboratórios de biodiesel do planeta e o maior laboratório do mundo para simulações em oceanos.

Em 50 anos, a Coppe cresceu e ganhou reconhecimento internacional. O instituto reúne 12 programas de pós-graduação e 121 laboratórios. Já formou mais de 13 mil mestres e doutores. Tem hoje 2,7 mil alunos e 350 professores doutores em regime de dedicação exclusiva. “O modelo Coppe é o modelo da pós-graduação e pesquisa brasileira. Tivemos colegas nossos que propagaram essa filosofia, vemos muitos sistemas semelhantes ao nosso se reproduzindo. Isso é um efeito, talvez, mais importante até do que fazemos aqui dentro”, diz o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.

O laboratório de hidrogênio da Coppe é pioneiro em sua linha de pesquisa no Brasil. O ônibus a hidrogênio já está em sua segunda versão, com tecnologia 100% nacional, fabricada na UFRJ. E as inovações vão desde o ônibus a hidrogênio até o Mag-Lev Cobra: um trem que será o primeiro do gênero no mundo capaz de flutuar sobre trilhos. Graças ao laboratório da Coppe, o Brasil pertence a um clube fechado de países que detém a tecnologia. “O padrão de qualidade com que trabalhamos traz um componente novo, que é o hábito de pensar, de desafiar, da curiosidade. Quem gosta da ciência, naturalmente, é curioso, é contestador, pergunta. Isso tudo oxigena muito os lugares onde vamos passando”, diz a subsecretária de Economia Verde do estado do Rio de Janeiro, Suzana Kahn, que é professora da Coppe.