Derrocada do governo Cabral atinge em cheio a
"vitrine" da sua gestão, que era a Segurança Pública; nesta segunda,
o chefe da PM, coronel Edir Ribeiro Costa Filho, caiu em decorrência de uma
crise de relação entre ele e o secretário da Segurança José Mariano Beltrame,
que não concordou com a anistia dada a policiais por Edir; secretário Beltrame
também está pressionado pelo sumiço do pedreiro Amarildo e pelas ameaças de
morte contra José Júnior, do Afroreggae
Rio 247 – A crise política e administrativa do governo Sérgio Cabral (PMDB) se
agrava diariamente com um novo capítulo: o comandante-geral da Polícia Militar
do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, foi exonerado do cargo, na tarde
desta segunda-feira (5), pelo secretário de Estado de Segurança, José Mariano
Beltrame. O secretário ainda avalia o nome do novo comando da corporação.
"Mudanças fazem parte do processo de gestão e
devem ser vistas com naturalidade", disse Beltrame, em nota. Ele destacou
o empenho do coronel Costa Filho no período de 1 ano e 10 meses à frente da
Polícia. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante Costa
Filho, além de seu amor à corporação que comandou", afirmou o secretário.
Mais cedo, Erir Ribeiro da Costa Filho havia dito que não havia crise entre ele e Beltrame. No domingo, Beltrame afirmou que não gostou da medida de Erir em anistiar as punições administrativas na Polícia Militar, ameaçando revogar a decisão dele. O coronel explicou ao jornal O Globo que se tratava de um ato administrativo, publicado no boletim interno da corporação no dia 1º de agosto, no qual faltas disciplinares ocorridas de 4 de outubro de 2011 até o momento — como policiais com calçados sujos que são punidos com detenção — seriam relevadas.
A justificativa para tal medida, segundo o
comandante-geral, foi a falta de efetivo para atuar no policiamento durante a
Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e as manifestações
ocorridas nos últimos dois meses. A pressão sobre o comando da PM e sobre a
cúpula da SSP só cresce diante de fatos recentes que colocam em xeque a
principal bandeira do Governo, que é a redução dos índices de violência e de
crimes, bem como a pacificação das favelas. O sumiço do pedreiro Amarildo de
Souza e os ataques aos prédios do Afroreggae, além das ameaças ao coordenador
do projeto, José Júnior, ainda não tiveram soluções.Mais cedo, Erir Ribeiro da Costa Filho havia dito que não havia crise entre ele e Beltrame. No domingo, Beltrame afirmou que não gostou da medida de Erir em anistiar as punições administrativas na Polícia Militar, ameaçando revogar a decisão dele. O coronel explicou ao jornal O Globo que se tratava de um ato administrativo, publicado no boletim interno da corporação no dia 1º de agosto, no qual faltas disciplinares ocorridas de 4 de outubro de 2011 até o momento — como policiais com calçados sujos que são punidos com detenção — seriam relevadas.