quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A saga dos agricultores do Açu continua: cercas são levantadas para negar o direito de ir e vir

Este blog vem recebendo uma série de denúncias de agricultores do V Distrito do Açu que narram com pormenores e imagens o que está acontecendo com eles pelas mãos da CODIN e das empresas da franquia "X". 

A narrativa que acaba de me chegar representa mais um capítulo de uma saga que mistura coerção e intimidação, mas também resistência.

Vejamos então o relato e imagens que me foram enviados por um morador do V Distrito:


"O Sr. Reinaldo Toledo e seus filhos Rafael e Reginaldo Toledo, foram um dos primeiros a serem desapropriados em 2010 na localidade de Água Pret. Até agora, o Sr. Reinaldo não recebeu valores correspondentes a propriedade desapropriada, que era de 4 alqueires (aproximadamente 20 hectares). Ele e sua família hoje vivem na divisa com o ainda inexistente Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB), e como não receberam. e não tem onde colocar o gado, eles deixaram por todo esse tempo o gado pastando entre a antiga propriedade desapropriada e que a residem e tem um curral que ficam próximas uma da outra. 

Hoje pela manhã se depararam com funcionários a serviço da LLX e da CODIN que fecharam a passagem do gado para área de pastagem, confinando o rebanho em um curral onde o leite é tirado toda manhã, deixando os animais sem local de pastagem e com pouca água (como pode ser visto pelas fotos em anexo, embora algumas ruins).

Tudo isso vem mostrando a retaliação da empresa com os pequenos produtores, muitos deles até hoje não indenizados, que em minha opinião aumentou depois que a Asprim entrou com a queixa crime no STJ para anularem parte da desapropriação e retomarem ao menos parte das propriedades que até hoje não foram usadas por nenhuma empresa.

O sr. Reinaldo e filhos se viram obrigados a tirarem pés de abacaxi que seriam colhidos até o fim do ano para darem aos animais como pode ser observado nas fotos também."






Ai é que eu pergunto: até quando essa situação de desrespeito aos direitos elementares dos agricultores do V Distrito vai continuar sendo tolerada?