quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Reuters: MMX aguarda novo acionista para definir plano de expansão


Por Sabrina Lorenzi

RIO DE JANEIRO, 15 Ago (Reuters) - A MMX, mineradora de Eike Batista, espera ter em breve um novo acionista que aponte os rumos da empresa, afirmou nesta quinta-feira o principal executivo da companhia.

Caberá ao novo dono da MMX escolher seu modelo de expansão e a estratégia a ser adotada pela companhia para desenvolver seu plano de investimentos.

Enquanto aguarda negociações entre interessados e seu atual acionista controlador, a empresa permanece com posição de caixa sob pressão e trabalha para usar o dinheiro de maneira eficiente até que a venda seja concluída, disse o presidente da mineradora, Carlos Gonzalez durante teleconferência com analistas.

A favor da empresa está o avançado andamento das obras do Porto do Sudeste e a expectativa de iniciar suas operações no final do ano.

A MMX possui recursos suficientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para concluir as obras necessárias que coloquem o Porto do Sudeste em operação, com 92 por cento das obras da primeira linha já concluídas, disse o executivo.

O porto, um dos ativos mais cobiçados do grupo EBX --e que tem atraído compradores para a MMX-- deverá entrar em operação no prazo estimado, no final deste ano, para embarcar 19 milhões de toneladas já em 2014, informou a empresa durante teleconferência com analistas para comentar o resultado trimestral.

Segundo Gonzalez, o resultado do segundo trimestre reduz a preocupação sobre a capacidade de cumprir compromissos de investimentos da empresa.

A mineradora do grupo EBX encerrou o segundo trimestre com um prejuízo de 441,5 milhões de reais, ampliando em 13 por cento as perdas registradas um ano antes.

Segundo a empresa, o resultado negativo foi impactado pelo ajuste contábil do passivo relativo ao pagamento de títulos de remuneração variável (MMXM11), além do reconhecimento da perda pela recuperação dos ativos em Corumbá (MS), no valor de 153,8 milhões de reais.

"Constatou-se que o valor contábil dos ativos do Sistema Corumbá é inferior ao valor presente do fluxo de caixa descontado para esta unidade, levando a administração à decisão do reconhecimento de uma perda por redução ao valor recuperável dos ativos", explicou Gonzalez, em comunicado ao mercado.

O executivo reafirmou que colocou à venda sua mina de Corumbá, juntamente com outros ativos, na esperança de encontrar investidores que irão melhorar sua posição de caixa.

O grupo EBX tem vendido ativos a fim de pagar dívidas e tentar salvar seus projetos.

Na quarta-feira, o grupo vendeu o controle da LLX, sua empresa de logística ao grupo de investimento norte-americano EIG Global Energy Partners, e confirmou também notícia da Reuters ao informar que negocia a venda de dois projetos de carvão na Colômbia.

Às 12h36 as ações da MMX tinham queda de 2,37 por cento.

(Reportagem adicional de Jeb Blount)