terça-feira, 20 de agosto de 2013

Governo Cabral deixa a reitoria da UENF na mão


Em uma reunião recente do Colegiado Acadêmico, o reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Silvério Freitas, foi perguntado se havia alguma novidade em relação aos desdobramentos da minuta aprovada pelo Conselho Universitário em 26 de julho que de forma pobremente discutida implicará no desmanche do projeto acadêmico de Darcy Ribeiro.

A resposta foi um lacônico foi que não há nenhuma novidade. Em suma, toda a pressa em empurrar uma minuta que vícios legais goela abaixo da comunidade universitária está tendo como paga um ritmo completamente lento por parte do (des) governo Cabral. E ai não há que se culpar o (des) governo estadual que vive assombrado por intermináveis manifestações diárias, e que agora estão sendo engrossadas por milhares de professores da rede estadual que começaram uma greve que paralisa boa parte das escolas do Rio de Janeiro. A culpa aqui é toda da reitoria da UENF que apostou todas as suas moedas em um processo rápido e doloroso, mas que não está tendo a devida contrapartida por parte de Sérgio Cabral e do (des) secretário de Planejamento e Gestão, o Sr. Sérgio Ruy.

Mas os problemas da reitoria deverão aumentar ainda mais, pois esta semana a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro irá realizar uma audiência pública no campus da UENF em Campos dos Goytacazes, quando os sindicatos de professores, servidores e estudantes deverão mostrar o que querem e o que demandam. No caso da ADUENF a agenda é clara: pagamento do Adicional de Dedicação  Exclusiva sem que se mexa no modelo acadêmico de Darcy Ribeiro que implica na existência num corpo docente composto apenas por doutores trabalhando em regime de Dedicação Exclusiva.

Já o reitor e o vice-reitor da UENF devem desde já para continuar o seu calvário de vaias e apupos, pois o descontentamento que já era grande, não para de aumentar. Este é o preço a pagar por aqueles que ousam mexer na essência de um modelo que já trouxe tantas conquistas em apenas 20 anos.

Já o vice-governador e eventual substituto de Cabral, o Sr. Luiz Fernando Pezão, deverá continuar mantendo-se longe desse imbróglio. Afinal, esperto como ele parece que é, mexer com os sindicatos da UENF será a último caminho que ele deverá escolher.