terça-feira, 20 de agosto de 2013

Eike Batista: em meio à derrocada e colapso a tentativa de criar uma imagem radiante



As palavras que são mais comummente usadas pela mídia corporativa nacional e internacional para definir a situação atual de Eike Batista e suas franquia de empresas pré-operacionais são derrocada e colapso. Afinal como classificar diferente a situação de uma pessoa que já foi a pessoa mais rica do Brasil e que agora deixou até a lista dos bilionários. No caso de Eike Batista a situação de ser um "pobre" milionário não chega  a ser aflitiva, especialmente quando comparado à maioria da população brasileira.

Agora o mesmo não pode ser dito do conjunto da sociedade brasileira que vai acabar arcando com os custos das estrepolias de Eike Batista, especialmente agora que os norte-americanos da EIG dizem que só comprarão a LL(X) se houver uma solução para as dívidas milionárias de curto prazo que a empresa possui com o BNDES.

Ai é que a porca torce o rabo, pois para que Eike se livre da LL(X) teremos que ter mais uma injeção de recursos que, pasmemos todos, servirá apenas para que o Porto do Açu passe para o controle de um grupo de investidores (ou seria especuladores?) estrangeiros.

Em meio a isso tudo, como ficam os que foram atingidos pelas desapropriações e pelo processo de salinização de suas terras no V Distrito? Essa questão deve estar assombrando o trio formado por Eike Batista, Sérgio Cabral e Luciano Coutinho que respondem atualmente a uma queixa-crime no Superior Tribunal de Justiça (STJ), justamente por causa dos malfeitos cometidos no entorno do Porto do Açu.

O interessante é notar que no meio da derrocada e do colapso há mais uma tentativa por via da propaganda de mostrar que tudo anda bem no Porto do Açu. É que se há algo certo sobre a suposta Roterdã dos trópicos é que ali não há nada certo, e que qualquer que se arrisque a um prognóstico pode estar se arriscando a cometer gafes incorrigíveis. No meu caso, estou neste momento esperando para ver se o que está transpirando é fato ou mais uma indução deliberada ao erro, tudo em nome de um suspiro de alavancagem para o combalido império de Eike Batista.