segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Brasil 247: Presidente do BNDES explicará no senado empréstimos a Eike

Luciano Coutinho comparecerá ao Senado para esclarecer a política de operações creditícias feitas ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, nesta terça-feira (27); atuação do BNDES tem sido questionada por senadores nos últimos meses, tanto no que se refere a empréstimos feitos a empresas quanto a operações com títulos do Tesouro Nacional; no caso do grupo EBX, que enfrenta um colapso, estima-se que os empréstimos feitos nos últimos anos pelo banco cheguem a R$ 10,4 bilhões

Agência Senado O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, comparecerá ao Senado para esclarecer a política de operações creditícias feitas ao grupo EBX, do empresário Eike Batista. A audiência pública, promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), será realizada nesta terça-feira (27), às 11h30.
A atuação do BNDES tem sido questionada por senadores nos últimos meses, tanto no que se refere a empréstimos feitos a empresas quanto a operações com títulos do Tesouro Nacional. No caso do grupo EBX, que enfrenta um colapso, estima-se que os empréstimos feitos nos últimos anos pelo banco cheguem a R$ 10,4 bilhões.
Os questionamentos são sobre supostas vantagens ou tratamento privilegiado às empresas do grupo. Especialistas também questionam os motivos das escolhas do BNDES, já que o banco faz empréstimos com recursos públicos e juros subsidiados e não deveria, portanto, seguir a mesma lógica usada pelo setor privado.
Luciano Coutinho também deve ser questionado pelos senadores também sobre perspectivas dos investimentos do BNDES para o quadriênio 2013-2016; o balanço operacional e financeiro do banco; e a expectativa de financiamento de longo prazo no Brasil; além do papel do BNDES.
Na última quarta-feira (21), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) aprovou projeto de resolução que prevê o comparecimento ao Senado, duas vezes por ano, do presidente do BNDES. A proposição ainda será analisada pela comissão especial que estuda a reforma do regimento interno da Casa.