sábado, 2 de março de 2013

A OSX e o Açu: indo do sal ao espelho de fumaça


Acabo de ler no blog do Prof. Roberto Moraes (Aqui!) de uma reunião que a OS (X) está realizando no dia de hoje na Escola Municial Chrisanto Henrique de Souza para supostamente para "conversar" sobre a Lagoa do Veiga. Essa "conversa" teria como finalidade "validar as informações sobre os usos atuais e futuros e pretendidos para a lagoa".


Afora a realização "by surprise" dessa ação num momento em que há uma decisão de juiz federal impedindo a continuidade da remoção da vegetação de restinga pelas obras do estaleiro, pretender chamar uma "conversa" que valide informações sobre usos para a lagoa é um disparate. Antes de qualquer coisa seria preciso saber o que restou da Lagoa do Veiga após a construção do canal que leva ao estaleiro que a OS (X) está construindo ali.


Mas o que essa situação mostra é que a OS (X) continua tendo um entendimento muito parcial do que são suas responsabilidades sociais e ambientais no V Distrito de São João da Barra.  E isso só indica que mais problemas estão por vir, com ou sem a presença da validação oferecida pela presença de instituições públicas, como é o caso da UFRJ nesta "conversa".


Como boa parte dos recursos que estão sendo usados para a construção do estaleiro da OS (X) estão vindo do BNDES, a questão que se coloca é sobre quando este outro ente público vai assumir qualquer responsabilidade sobre os danos sócio-ambientais que estão sendo cometidos com dinheiro igualmente público.

Enquanto isso, o que fica evidente é que a OS (X) passou da tentativa de tapar o sal com a peneira e passou agora a tentar criar espelhos de fumaça.