Apesar de ter sido informado que vários órgãos de imprensa estavam presentes na mobilização que evitou a expulsão de uma família de agricultores na localidade de Água Preta, não encontrei nenhuma notícia publicada nos dois jornais da cidade de Campos nem tampouco nas páginas eletrônicas daqueles veículos que não possuem circulação impressa.
Esse é um dado curioso porque apesar de ter gente que reclama para si a liberdade de expressão acaba falhando em algo básico a esse conceito que é o direito ao contraditório. Por essas e outras é que concordo com aqueles que dizem que quando a mídia tradicional clama por liberdade está falando na empresarial.
Felizmente o Portal OZKNews que atua a partir de São João da Barra quebrou o silêncio e tratou do problema. Veja a notícia abaixo!
São João da Barra: Muita confusão em desapropriação de imóvel em Água Preta
Por Leonardo Ferreira
Oficiais de Justiça, policiais militares e profissionais da secretaria de obras de São João da Barra estiveram na localidade de Água Preta para efetuar uma desapropriação, na manhãde ontem (27).
Oficiais de Justiça chegaram junto à PM, com tratores e retro escavadeiras com a finalidade de demolir o imóvel que pertece a uma família.
“Eles não apresentaram nenhum mandado, chegaram aqui e disseram que se a gente não saísse da casa, a polícia iria prender todo mundo”, disse Valdeci da Silva.
Revoltados com a ação, parentes e vizinhos colocaram carros em frente a residência, tentando evitar a desapropriação. Georgina da Silva, 73 anos, passou mal e teve que ser socorrida, após receber a informação de que sua residência seria demolida.
“Minha mãe é idosa e sofre de depressão, hipertensão e tem problema de nervos. A Polícia quis usar spray de pimenta para deixarmos a casa, um absurdo”, disse a filha de Georgina, Ivanete da Silva.
Após confusão, a desapropriação não foi feita e foi dado um prazo para que saíssem da casa. Quarta-feira (03/04).
Após a confusão, a equipe enviada para a desapropriação e demolição do imóvel foi embora, mas com a promessa de voltar.Ricardo de Castro, defensor público, esteve no local e disse que nada poderia ser feito “infelizmente”.
“A desapropriação estava tramitando judicialmente desde 2011. Há uma rede de transmissão de energia elétrica que passará, obrigatoriamente, neste local. Mas vou tentar mudar a data da desapropriação”, finalizou Ricardo.