quarta-feira, 27 de março de 2013

Observação social localizada e seus pecados: cadê o bandejão e a acessibilidade que deveriam estar aqui?

Um dos pecados da escolha seletiva de quem deve ser observado é que podemos cair no pecado de achar que algo só merece ser "controlado" se nos interessar ou, pior, se o montante envolvido valer a pena. Vejamos dois casos que considero emblemáticos na UENF: a construção do restaurante universitário que se arrasta desde 2008 e a dotação de condições de acessibilidade dentro do campus Leonel Brizola.

Pois bem, vejamos o preço das coisa a partir das famosas placas.

No caso do projeto de acessibilidade, a conta foi até simples, pois a obra teria custado R$ 1.257 milhão




Já o restaurante universitário tem um história mais complexa, pois começou custando em torno de R$ 2.698 milhão


Mas como a construção feita pela Zuhase Construtora não foi devida acompanhada pelos fiscais da UENF, agora estamos em meio a uma reforma que custará aos cofres estaduais a bagatela de R$ 1.496 milhão como mostra placa abaixo.



Mas como ficou a acessibilidade dentro do campus depois que o dinheiro foi gasto? 




E o restaurante universitário cujo custo beira hoje os impressionante R$ 4.2 milhão, como anda? As imagens abaixo ajudam a responder.



E ai é que eu pergunto: esses gastos estão isentos da ação dos observadores sociais? Por quais motivos? Afinal somando só essas duas obras chegamos a R$ 5.3 milhões de reais. É pouca farinha para entrar no pirão da observação social? Ou a razão é porque o responsável pela dinheirama é, no final das contas, o (des) governo de Sérgio Cabral e a reitoria da UENF?