Por Márcia Pereira | Valor, com agências internacionais
SÃO PAULO - Nesta quarta-feira, 27, cerca de dois mil pessoas tomaram as ruas dos arredores do palácio presidencial do Chipre, em Nicósia, capital do país, para protestarem contra a troica — grupo de credores internacionais formado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) — e o plano de resgate no valor de 10 bilhões de euros acordado com o governo cipriota, para aplacar uma crise do sistema financeiro da ilha.
Milhares protestam em Nicósia, capital do Chipre, contra a troica e o resgate de 10 bilhões de euros para o país. No cartaz em primeiro plano está escrito "não ao resgate"
Liderados pelo partido comunista Akel, os manifestantes agitavam bandeiras do país e vociferavam palavras de ordem e slogans, como “não à troica e ao desemprego”, “sim à dignidade e ao desenvolvimento” e o previsível “fora troica”.
Nesta terça, 26, cerca de 3 mil estudantes secundaristas também foram às ruas da capital da ilha protestar contra o acordo de resgtate do sistema financeiro do país.
Pelo acordo firmado no início desta semana, para a ilha mediterrânea receber o empréstimo de 10 bilhões de euros foi preciso promover a reestruturação do maior banco do país, o Bank of Cyprus, e a liquidação do Laiki Bank, o segundo maior. As contas acima de 100 mil euros das duas instituições bancárias foram congeladas.
As agências bancárias estão fechadas desde o dia 16 de março e vão reabrir nesta quinta-feira, 28, a partir das 10h (5h pelo horário de Brasília). Os saques foram limitados a 300 euros por dia.