sábado, 23 de junho de 2012

OS ESTADOS UNIDOS SÃO INCORRIGÍVEIS: DEPARTAMENTO DE ESTADO NORTE-AMERICANO CORRE PARA LEGITIMAR O GOLPE DE ESTADO NO PARAGUAI


Muitos norte-americanos que viajam ao exterior ficam sinceramente surpresos com o grau de animosidade que encontram em todas as partes do mundo contra o seu país. É que, por um lado, a porcentagem de norte-americanos que viajam ao exterior é muito pequena, especialmente quando comparada às dos europeus. Por outro, ao viverem numa sociedade razoavelmente hermética por causa do controle que a mídia corporativa exerce sobre as informações que cheguem ao grande público. Pode não parecer, mas os brasileiros são em geral muito mais informados sobre o que acontece fora das suas fronteiras, apesar do pesado controle que é exercido também aqui pela mídia.

Mas, convenhamos, que os EUA não aprendem nem com suas derrotas mais graves, como foi a questão da guerra do Vietnã. Agora, adivinhem quem foi o primeiro país, seguido é claro pela Colômbia, que reconheceu o golpe de Estado que foi cometido contra o presidente constitucionalmente eleito do Paraguai, Fernando Lugo? Os Estados Unidos é claro! O mesmo Estados Unidos que havia reconhecido o golpe cometido em Honduras contra o presidente Manuel Zelaya agora corre para reconhecer o que deve ser o mais rápido processo de impeachment na história da democracia liberal burguesa.

Agora, os EUA que se preparem para seus próprios problemas com a contestação do regime bipartidário que domina a política norte-americana desde a Guerra Civil. Com o movimento Occupy Wall Street naõ dando sinais de que vai desaparecer e a crise econômica ficando cada vez mais profunda é quase certo que o que os norte-americanos estão plantando hoje no Paraguai vão acabar colhendo dentro de casa. Ai nós vamos ver como será a reação contra os manifestantes que estiverem contestando o sistema dentro de suas próprias fronteiras. 

Afinal, quem apóia golpes de Estado tão sofregamente, cedo ou tarde terá seu próprio ajustes de contas com a história. E no caso dos EUA, isto já até demorou demais!