LIMITES DA PROPAGANDA ENGANOSA EM TORNO DO COMPLEXO DO AÇU: QUANDO NEM O JORNALISMO EMPRESARIAL CONSEGUE ENCOBRIR A REALIDADE
O Jornal Folha da Manhã traz uma matéria assinada pela jornalista Jane Ribeiro, que na prática é uma tentativa de propaganda da chamada Vila da Terra, que por si só é uma revelação de como é difícil encobrir a realidade. Basta que até um leitor menos atento leia o conteúdo do artefato de propaganda com um mínimo de atenção.
Vejamos alguns dados pitorescos desta "matéria":
1. A Vila da Terra está estruturada para receber APENAS 90 famílias que estão sendo expropriadas pela CODIN no V Distrito de São João da Barra. Ora, somente na fase inicial de desapropriação ocorreu a remoção desse número de famílias, e que isto ainda vai aumentar ainda mais agora que está se entrando na "segunda fase" das desapropriações. Assim, aonde a CODIN e a LLX esperam que as famílias que "sobrarem" em relação à Vila da Terra vão poder morar e continuar produzindo alimentos, seguindo o que manda a Constituição do Estado do Rio de Janeiro?
2. A matéria, digo propaganda, não fala, mas a situação jurídica atual da fazenda Saco D´Antas é uma incógnita, alguns dizem que foi comprada pelo Grupo EBX, outros que pertence ao Banco do Brasil em função das dívidas acumuladas pela Usina Baixa Grande. De qualquer forma, NENHUM dos reassentados possui título das terras que está ocupando.
3. A propaganda, digo matéria, indica que APENAS 13 famílias foram "reassentadas" na Vila da Terra. Ora, esse número não apenas é ínfimo em relação às famílias que foram expulsas de suas terras no V Distrito de São João da Barra, mas também está inflado por famílias de pescadores.
4. A matéria/propaganda traz também a informação de que apenas 36 foram construídas no total, o que deixa apenas 23 para serem ocupadas pelas novas vítimas do ciclo de expropriações que está sendo promovido pela CODIN, reforçando o caráter expulsório desta situação.
5. A informação mais risível desta propaganda/matéria é que a CODIN ser de 90% o nível de aceitação por parte dos desapropriados em relação à expulsão que está sendo promovida no V Distrito de São João da Barra. Ora, só o número de vezes que os volumosos destacamentos da Polícia Militar que, em conjunto com a milícia privada da LLX, atuaram para remover as famílias de agricultores do V Distrito desmente essa vergonhosa mentira.
6. A matéria/propaganda também indica que a Vila da Terra seguiria um modelo de reassentamento da Organização das Nações Unidas. Em relação a isto, as próximas semanas talvez seja reveladoras do tamanho da mentira. Afinal, há um boxe mostrando as limitações da infraestrutura existente. E mais, mesmo o que está ali colocado está supervalorizado. Em visitas técnicas ao local foi constatado a precariedade a que as 13 famílias continuam expostas, sem abastecimento contínuo de eletricidade e tampouco de água potável.
7. A propaganda/matéria também traz a novidade de que as 13 famílias estão sendo assistidas por técnicos da EMATER,PESAGRO e UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO. Assim, seria interessante que essas instituições apresentassem evidências do que está sendo feito de fato, não apenas para atender as famílias que aceitaram ir para Vila da Terra, mas para auxiliar todas as outras que foram expulsas de terras que ocupavam há várias gerações. De quebra uma evidência que essas novas orientações técnicas ultrapassam uma área demonstrativa que foi colocada no local no melhor estilo "para inglês e jornalista desavisado verem".
Finalmente, o que mais esse esforço de propaganda não conseguirá apagar são os crimes que estão sendo cometidos contra centenas de famílias pobres, porém valorosas e altamente produtivas, que com o seu suor e dignidade tornaram as terras pouco férteis do V Distrito de São João da Barra numa das áreas mais produtivas do estado do Rio de Janeiro. É em nome dessas familias que não podemos ser facilmente enganados. E mais, é preciso continuar denunciando essa sua situação de arbítrio e aprofundar a solidariedade ativa para barrar a ocorrência de novos despejos. Afinal, a própria matéria/propaganda já demonstra que, se depender da CODIN e da LLX e de sua famigerada Vila da Terra, os despejados vão ter que ir dormir embaixo de alguma ponte. Pois feliz mesmo nessa situação trágica só mesmo Eike Batista
1. A Vila da Terra está estruturada para receber APENAS 90 famílias que estão sendo expropriadas pela CODIN no V Distrito de São João da Barra. Ora, somente na fase inicial de desapropriação ocorreu a remoção desse número de famílias, e que isto ainda vai aumentar ainda mais agora que está se entrando na "segunda fase" das desapropriações. Assim, aonde a CODIN e a LLX esperam que as famílias que "sobrarem" em relação à Vila da Terra vão poder morar e continuar produzindo alimentos, seguindo o que manda a Constituição do Estado do Rio de Janeiro?
2. A matéria, digo propaganda, não fala, mas a situação jurídica atual da fazenda Saco D´Antas é uma incógnita, alguns dizem que foi comprada pelo Grupo EBX, outros que pertence ao Banco do Brasil em função das dívidas acumuladas pela Usina Baixa Grande. De qualquer forma, NENHUM dos reassentados possui título das terras que está ocupando.
3. A propaganda, digo matéria, indica que APENAS 13 famílias foram "reassentadas" na Vila da Terra. Ora, esse número não apenas é ínfimo em relação às famílias que foram expulsas de suas terras no V Distrito de São João da Barra, mas também está inflado por famílias de pescadores.
4. A matéria/propaganda traz também a informação de que apenas 36 foram construídas no total, o que deixa apenas 23 para serem ocupadas pelas novas vítimas do ciclo de expropriações que está sendo promovido pela CODIN, reforçando o caráter expulsório desta situação.
5. A informação mais risível desta propaganda/matéria é que a CODIN ser de 90% o nível de aceitação por parte dos desapropriados em relação à expulsão que está sendo promovida no V Distrito de São João da Barra. Ora, só o número de vezes que os volumosos destacamentos da Polícia Militar que, em conjunto com a milícia privada da LLX, atuaram para remover as famílias de agricultores do V Distrito desmente essa vergonhosa mentira.
6. A matéria/propaganda também indica que a Vila da Terra seguiria um modelo de reassentamento da Organização das Nações Unidas. Em relação a isto, as próximas semanas talvez seja reveladoras do tamanho da mentira. Afinal, há um boxe mostrando as limitações da infraestrutura existente. E mais, mesmo o que está ali colocado está supervalorizado. Em visitas técnicas ao local foi constatado a precariedade a que as 13 famílias continuam expostas, sem abastecimento contínuo de eletricidade e tampouco de água potável.
7. A propaganda/matéria também traz a novidade de que as 13 famílias estão sendo assistidas por técnicos da EMATER,PESAGRO e UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO. Assim, seria interessante que essas instituições apresentassem evidências do que está sendo feito de fato, não apenas para atender as famílias que aceitaram ir para Vila da Terra, mas para auxiliar todas as outras que foram expulsas de terras que ocupavam há várias gerações. De quebra uma evidência que essas novas orientações técnicas ultrapassam uma área demonstrativa que foi colocada no local no melhor estilo "para inglês e jornalista desavisado verem".
Finalmente, o que mais esse esforço de propaganda não conseguirá apagar são os crimes que estão sendo cometidos contra centenas de famílias pobres, porém valorosas e altamente produtivas, que com o seu suor e dignidade tornaram as terras pouco férteis do V Distrito de São João da Barra numa das áreas mais produtivas do estado do Rio de Janeiro. É em nome dessas familias que não podemos ser facilmente enganados. E mais, é preciso continuar denunciando essa sua situação de arbítrio e aprofundar a solidariedade ativa para barrar a ocorrência de novos despejos. Afinal, a própria matéria/propaganda já demonstra que, se depender da CODIN e da LLX e de sua famigerada Vila da Terra, os despejados vão ter que ir dormir embaixo de alguma ponte. Pois feliz mesmo nessa situação trágica só mesmo Eike Batista