EIKE BATISTA, O BILIONÁRIO QUE DIZ DISPENSAR FAVORES DO ESTADO, PEGA MAIS UM EMPRÉSTIMO GENEROSO DA VIÚVA
Eike Batista gosta de propalar que não precisa do Estado para alcançar seu objetivo megalomaníaco de se tornou o homem mais rico do mundo. Mas a postagem abaixo do blog Economia do Norte Fluminense mantido pelo professor da UENF Alcimar Chagas mostra que a coisa não é bem assim.
Agora vejamos as condições do "empréstimo" que o governo Dilma Rousseff concedeu a Eike Batista: R$ 2,7 bilhões com prazo de 21 anos para pagamento, e com condições bem generosas para que isto seja feito.
A partir destes valores, bastaria que Eike Batista usasse algo como 0,5% deste valor para conceber e financiar um modelo de reassentamento justo e inclusivo das famílias impactadas pelo Complexo Portuário-Industrial do Açu. Como se vê, não é falta de dinheiro que é a causa da truculência e do desrespeito a que os agricultores e pescadores vem sofrendo nos últimos meses.
Em tempo, esse é o mesmo governo federal que se recusa a melhorar as condições de financiamento das universidades e institutos federais de ensino, e mantém os servidores destas instituições com péssimos salários.
BNDES e CEF viabilizam recursos para a construção naval no Açu
O projeto de construção naval da OSX, de Eike Batista, obteve empréstimo de R$ 2,7 bilhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e da Caixa Econômica Federal.
A operação tem prazo de 252 meses (21 anos) para ambas as instituições financeiras, com 42 e 36 meses de carência para amortização do principal e 36 e 30 meses de carência para pagamento de juros junto ao BNDES e CEF, respectivamente.
A taxa média de juros prevista é a variação cambial mais 3,38% ao ano, com pagamentos mensais junto às amortizações do principal após a carência.
Palavras do empresário....
"A UCN (Unidade de Costrução Naval) Açu é um extraordinário instrumento para o desenvolvimento da produção de petróleo e gás do Brasil. A contratação do financiamento do FMM [Fundo da Marinha Mercante] reafirma a importância estratégica de sua implantação para o nosso país", disse em nota Eike Batista, presidente do Conselho de Administração da OSX.
A nossa visão é de que o governo do município de São João da Barra precisa assumir uma postura de indenpendência para negociar com as empresas a implementação efetiva das medidas compensatórias, de forma a proteger a população do processo de geração de riqueza concentrada e excludente.