A estratégia dos evangélicos deu certo. A presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai ficar com um deputado do Partido Social Cristão, legenda sob o domínio da Assembleia de Deus. O PT abriu mão de escolher a comissão, há décadas sob a direção da legenda, e preferiu a de Constituição e Justiça, Seguridade Social e Família e Relações Exteriores. Ao ocupar a comissão das Direitos Humanos, a bancada evangélica espera impedir a tramitação de projetos que considera inadmissíveis, como a possibilidade de troca de sexo por travestis sem autorização judicial e o casamento gay. Projetos com estes temas passam obrigatoriamente pela comissão e podem ser descartados bem antes de irem ao plenário.