A eleição do ultra conservador cardeal jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio para suceder o também conservador cardeal alemão Ratzinger no cargo de papa é um péssimo sinal. Indica acima de tudo que a Igreja Católica continuará pregada no conservadorismo moral e político.
De quebra, o cardeal Bergoglio ao longo dos anos foi cobrado pela sua ligação com a ditadura genocida que assolou a Argentina na década de 1970. O fato é que essa opção pela eleição de um cardeal tão próximo de um regime que assassinou milhares de pessoas diz muito do que pensa a alta hierarquia católica.
Agora que não reclamem as lideranças católicas se mais ovelhas do seu rebanho abraçarem outras religiões. Se a sangria nos quadros católicos continuar, a Cúria romana só terá a si mesma para culpar.
Infelizmente, dado o poder que a Igreja Católica ainda possui, os problemas não se resolvem com a decadência do rebanho católico. Eles podem estar apenas começando a piorar ainda mais para os pobres e minorias, eternas vítimas daqueles que Bergoglio sempre escolheu estar ao lado.
O mais irônico nessa coisa toda é que, enquanto junta militar foi toda julgada e mandada para a prisão, Bergoglio virou papa e, com isso, ganhou salvo conduto e deverá morrer livre e tranquilo dentro Vaticano.