
Márcio Juliboni, de

FABIO MOTTA/Agência Estado

Eike Batista, dono do Grupo EBX: mais tempo para arrumar dinheiro e pagar as dívidas
São Paulo – Os dois maiores bancos privados do Brasil, Itaú e Bradesco, renegociaram quase 1,5 bilhão de reais em dívidas de curto prazo das empresas de Eike Batista, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O montante refere-se a compromissos de curto prazo, que, no jargão de mercado, indica dívidas que venceriam nos próximos 12 meses.
Segundo o jornal, os bancos aceitaram dar mais prazo a Eike, na expectativa de que o empresário obtenha dinheiro com a venda de participações na MPX, sua empresa de energia, e na MMX, sua mineradora.
Garantias reais
Em troca, porém, os bancos procuraram obter garantias reais, de acordo com o jornal, isto é, imóveis e contas a receber, entre outros. Estas garantias serviriam de compensação, no caso de um eventual calote de Eike. Segundo a Folha, a preocupação do Itaú e do Bradesco é que as garantias reais podem ser insuficientes para cobrir toda a dívida rolada.
Até março de 2014, segundo levantamento do jornal, vencerão 6,4 bilhões de reais em dívidas das empresas X, de um total de 23 bilhões.