quarta-feira, 15 de maio de 2013

Petrobras paralisa obras de complexo petroquímico em Itaboraí, no RJ



Licenças ambientais foram anuladas e empresa foi intimada a parar.
Conclusão do 1º trem de refino do Comperj estava previsto para 2015.

Do G1 Rio

As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foram paralisadas, segundo informou a Petrobras — responsável pelas intervenções, junto ao Governo do estado. Uma sentença da Justiça anulou as licenças ambientais e intimou a interrupção imediata. A informação foi recebida pela empresa na noite de terça-feira (14) e repassada no início da madrugada de quarta (15), sem entrar em detalhes sobre o processo.

Em julho do ano passado, após reunião entre a presidente da Petrobras, Graça Foster, e autoridades fluminenses, os dois lados prometeram atuação unida para solucionar pendências como o licenciamento ambiental do emissário e dos oleodutos de suprimento de petróleo e escoamento de derivados do complexo, e o da travessia do Rio Guaxindiba. Entre os presentes, o governador do Rio Sergio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e diretores da empresa.


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Na ocasião, Graça Foster ressaltou a importância estratégica do Comperj, e comprometeu-se a acompanhar pessoalmente as obras da refinaria. "De nossa parte, tudo será feito para que o Comperj, na sua totalidade, seja mais um empreendimento bem-sucedido", disse.

Investimentos

Segundo Graça Foster, o Comperj é um dos projetos mais importantes da Petrobras. Do total de US$ 236,5 bilhões em investimentos previstos pela Petrobras para o período de 2012 a 2016, US$ 65,5 bilhões são destinados ao segmento de refino, transporte e comercialização de derivados. A conclusão do primeiro trem de refino do Comperj, atualmente em construção, está prevista para abril de 2015.

Em sua primeira etapa, segundo a Petrobras, o Comperj terá capacidade de processar 165 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com óleo diesel 10 ppm (42,9% da produção), nafta petroquímica (22%), querosene de aviação (16%), coque (10%), GLP (5,5%) e óleo combustível (4,1%).

O segundo trem de refino do Comperj está em fase de avaliação e será igual às refinarias Premium I (MA) e Premium II (CE), com capacidade de processar 300 mil barris de petróleo por dia. Sua operação deve começar em janeiro de 2018. Além dos trens de refino, o projeto Comperj terá ainda unidades de produção de lubrificantes e aromáticos, e unidades de processamento do gás natural produzido no pré-sal, que também será usado como matéria-prima para as plantas petroquímicas.

"Todas as refinarias, em avaliação ou em construção, são igualmente importantes para a Petrobras. E todas estão no plano de negócios 2012-2016. Hoje necessitamos importar combustíveis, e a melhor saída é colocar de pé as novas refinarias. Estamos trabalhando dedicadamente com vistas à adequação das mesmas às métricas internacionais de preço, prazo e tecnologias padronizadas".