Por Esdras
Sintomaticamente, a presidente do Inea veio a Campos em um helicóptero do Polícia Militar
Remédio Salgado
A presidente do Inea Marilene Ramos esteve em Campos hoje e aterrissou o helicóptero no campus da Uenf, onde se reuniu com o professor Carlos Eduardo Rezende, chefe do Laboratório de Ciências Ambientais daquela universidade, responsável pelas pesquisas que mostraram a salinização do Açu provocada por obras do porto. Durante o encontro, ela solicitou que o dr. Carlos Rezende e a Dra. Maria da Glória Alves integrem o Comitê Assessor, que também contará com representantes da Asprim, para acompanhar as medidas que serão tomadas e relação à salinização. Uma das principais funções do Comitê será definir para o Estado quanto a OSX terá que pagar aos produtores rurais do Açu atingidos pela salinização causada por obras do canal do estaleiro do complexo portuário da EBX.
Xarope amargo
Marilene Ramos também manteve encontro com a equipe local do Inea, mas esse foi com cara de poucos amigos. Afinal, deve ser um xarope bastante amargo de engolir saber que seus subalternos funcionários do Inea da região são réus em ação de crime ambiental movida pelo Ministério Público Federal. Apesar da já famosa incompetência da equipe, o que mais deve incomodá-la é a estranha leniência como que as questões ambientais na região têm sido tratadas pelo órgão local. Uma atitude bastante contraditória e suspeita, principalmente por se tratar de quem deveria fiscalizar e proteger o meio ambiente.
Mas, se nas grandes questões ambientais o Inea local tem-se mostrado inerte, o mesmo não se pode dizer quando se trata de servir de instrumento de coação para que pequenos consumidores lacrem seus poços domésticos para aumentar o consumo e a conta da água fornecida pela concessionária Águas do Paraíba. Para esse tipo de serviço o órgão não mede esforços.