Numa prova que é duro na queda, a Agência Reuters acaba de informar que Eike Batista acaba de adicionar mais uma empresa na sua franquia, a Marina Fuels X (MFX) em parceria com a British Petroleum. A MFX (Marine Fuels X) irá comercializar e distribuir combustíveis marítimos sob a marca da BP Marine. A MFX terá o seu controle compartilhado entre as duas empresas (cada uma terá uma participação de 50%). A nova empresa iniciará suas atividades em 2013.
Essa criação, na prática, revela duas coisas:
que Eike ainda consegue atrair parceiros, e que algumas coisas só poderão acontecer se essa capacidade de atração for mantida.
O interessante é que essa nova empresa revela a tendência do Grupo EBX se concentrar na área do petróleo e gás. Isso enterra de uma vez por todas a versão mega do Complexo Industrial-Portuário do Açu, e coloca em xeque a justificativa do suposto interesse público para as desapropriações que foram feitas para a criação do Distrito Industrial de São João da Barra.
Eike se une à BP para distribuir combustíveis marítimos
Por Daniela Meibak | Valor
Por Daniela Meibak | Valor
SÃO PAULO - A EBX, do empresário Eike Batista, e a BP Products North America, do grupo BP, fecharam contrato para a formação de uma companhia para distribuição de combustíveis marítimos. A empresa será instalada no Porto do Açu, da LLX.
Com o nome Marine Fuels X (MFX), a nova companhia terá como objetivo importar, exportar, vender e distribuir combustíveis marítimos, sob a marca BP Marine. O controle será compartilhado entre BP e EBX, com participação de 50% cada uma.
Após a assinatura dos documentos finais, a expectativa é que a MFX inicie suas atividades ainda em 2013, com a importação de combustíveis marítimos e venda para clientes no mercado local.
O centro de abastecimento da nova companhia será localizado no Porto do Açu, da LLX, no terminal TX2. A LLX, empresa de infraestrutura portuária de Eike, alugará uma área de 350 mil metros quadrados localizados na entrada do canal do TX2 e pretende alugar mais 600 mil metros quadrados no TX1, localizados em área destinada para a instalação de uma Unidade de Tratamento de Petróleo.
Segundo o comunicado divulgado nesta quarta-feira, este centro de abastecimento deverá atender às demandas de navios de vários portes e atividades, como navios de cabotagem e de longo curso, por combustíveis como diesel marítimo.
“Esta iniciativa visa assegurar às empresas que estão se instalando no Superporto do Açu a garantia de fornecimento contínuo e competitivo de combustível marítimo de alta qualidade para as suas operações”, disse Marcus Berto, diretor-executivo da LLX.
Ações
Após o anúncio, as ações LLX abriram com forte alta na bolsa, subindo 4,9% por volta das 10h20, para R$ 2,14.
(Daniela Meibak | Valor)