quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Entregues ao (des) governo: só 17 municípios fluminenses tem algum preparo contra enchentes


Agora que saímos da seca para as chuvas intensas, a matéria abaixo circulada pelo Jornal O Globo é mais um daqueles retratos aterradores do que estamos submetidos em meio ao (des) governo de Sérgio Cabral. Mesmo após a tragédia ocorrida na região serrana em 2011, o estado do Rio de Janeiro pouco ou nada evoluiu em termos de prevenção contra enchentes. E olha que estamos falando do mesmo estado que gasta apenas 27% de seu orçamento com o salário de seus servidores, enquanto entregue bilhões de reais para empresários "muy amigos".

E aqui em Campos dos Goytacazes me preocupa a lembrança das chuvas do início de 2012 quando o dique que impede a entrada das águas do Rio Paraíba do Sul quase entregou os pontos. Como nada ou quase nada foi feito para recuperar a estabilidade deste dique, me preocupa imensamente o que poderá acontecer em 2013. Depois os governantes não poderão culpar São Pedro ou qualquer outra entidade de adoração religiosa. É que os eventuais culpados tem nome, sobrenome e endereço conhecido.



No Rio, só 17 municípios têm preparo contra enchentes
Cássio Bruno,Renato Onofre,Efrém Ribeiro,Paula Litaiff - O Globo


RIO, MANAUS e ALTOS (PI) — Dos 92 municípios do estado do Rio, apenas 17 têm um plano de redução de riscos de acidentes ocasionados pelas chuvas. Mesmo com a tragédia de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram, cidades da Região Serrana até hoje não possuem um planejamento adequado de prevenção a desastres naturais.

Com cerca de 15 mil moradores, Sumidouro é uma delas. No ano passado, 22 corpos foram encontrados nos escombros.

— Acredito que não temos o plano por falta de recursos — disse Aloísio Alves Silva, coordenador da Defesa Civil de Sumidouro e tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.

São José do Vale do Rio Preto também está na lista do IBGE. Durante a tragédia, seis pessoas morreram. Algumas famílias chegaram a ficar 60 horas à espera de socorro. O coordenador de Defesa Civil, Roberto Vieira, disse que falta apoio do governo do estado.

— Os rios até agora não foram desassoreados pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente). A RJ-134, principal estrada da cidade, foi destruída, mas o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) não reconstruiu nada — reclamou Vieira, lembrando que a prefeitura conta com 16 agentes comunitários com motos para orientar e assistir a população em casos de emergência.

Em nota, o Inea informou que está prevista a utilização de recursos do Fundo de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) para indenização de famílias que residam em áreas com alto risco de inundação. Já o DER lembrou que há previsão de investimentos de R$ 80 milhões nas obras da RJ-134, mas aguarda a liberação do dinheiro.

A aposentada Ana Cristina da Silva, 60 anos, vive há dez anos na Travessa Ramos, à margem da BR-101, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ela reclama da falta de esgoto e de água. Ana e os vizinhos fizeram uma rede clandestina com mangueiras de jardim e tubulação improvisada para pegar água a três quarteirões dali.

— Há cinco anos eles colocaram uma tubulação de esgoto aqui na rua, mas é só chover que ele volta para dentro de nossas casas. Água não cai há mais de um mês. Não conseguimos nem um carro-pipa — lamenta a aposentada.

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/no-rio-so-17-municipios-tem-preparo-contra-enchentes-6725072.html#ixzz2CDedhtC3