domingo, 18 de novembro de 2012

O pensamento inútil do pseudo-imortal Merval Pereira


Não estou entre aqueles que verte uma mísera lágrima pelos descaminhos dos dois josés petistas Dirceu e Genoíno. Em minha opinião, a traição que eles cometerem à classe trabalhadora ao encaminhar o PT para servir as classes dominantes os torna desmerecedores de qualquer simpatia de minha parte.

Agora, convenhamos, que a tentativa da maioria dos colunistas da mídia empresarial de apresentar o resultado do julgamento do dito mensalão do PT como uma redenção da moralidade nacional é não só patética, mas, principalmente, cínica. Esse julgamento pelo Supremo Tribunal Federal foi tão esquisito que já se desclassifica como algo moralizador. Mas o pior é que nas gavetas do STF dormitam casos envolvendo os partidos da direita tupiniquim, o DEM e o PSDB para começo de conversa, que em termos de valores deixam o "mensalão do PT" pálido de vergonha. A começar pelo "mensalão do PSDB de Minas Gerais", onde o onipresente Marcos Valério é também um dos personagens principais.

Dentre os tais colunistas da mídia empresarial um que se destaca negativamente é o de Merval Pereira, aquele que se tornou imortal (!) na Academia Brasileira de Letras ao publicar um livro com a coletânea de seus escritos (argh!) no Jornal O GLOBO. Merval Pereira que se apresenta em público como uma pessoa centrada e de de voz empostada é supremo quando se trata de atacar o PT, enquanto omite qualquer menção aos desfeitos, que são piores em escala e em efeito, dos partidos da direita.  E o pior é que ainda tem gente que se pretende intelectualizada que ecoa este tipo de lixo intelectual.

É por essas e outras que mensalinhos ainda proliferam impunes por assembléias legislativas e câmaras municipais. Que melhor cobertura é supostamente punir os antigos paladinos da moralidade para deixar os pecadores de sempre continuarem suas práticas?