O governo Dilma está continuando a tradição iniciada durante o governo do ex-presidente de "desonerar" setores inteiros da economia em nome da contenção da inflação. Agora chegou a vez da desoneração de itens da cesta básica que beneficia o agronegócio e as grandes corporações multinacionais que efetivamente controlam a venda de alimentos no Brasil, que ficarão desobrigados de recolher os valores referentes de PIS/Pasep-Cofins e de IPI
Na contramão dessa desoneração o que se está assegurando é o crescimento do déficit da Previdência Social, já que as empresas não estarão recolhendo o INSS que lhes compete. Daqui a pouco, vamos ver o aumento da pressão para mais uma reforma da previdência para conter um déficit que está sendo causado pela "desoneração".
De quebra, a única coisa que certamente não terá o benefício da desoneração que está sendo dado às grandes corporações são os trabalhadores que além de estarem tendo seus direitos trabalhistas ameaçados em leis que tramitam na surdina no congresso liderado por Renan Calheiros e Henrique Alves, ainda pagam valores absurdos de imposto de renda.
É essa faceta do neoliberalismo petista que deveria ser criticado. Em vez de serem desoneradas, as grandes redes como Cargill, Bunge, Carrefour, Walmart e Makro deveriam é pagar mais impostos. Simples assim!
