domingo, 16 de junho de 2013

Nada de uvas inalcançáveis, apenas uma postura engajada e independente


Acabo de ler a resposta do prezado Douglas da Mata (Aqui!) sobre a minha resposta à sua crítica à minha postagem inicial sobre a esquerda do PT. Noto que ele me conclama à coerência para que eu me assuma como militante do PSOL.

Vejo aqui que preciso esclarecer algo a mais ao meu nobre colega blogueiro. Eu sei tanto do PSOL, como sei do PCB e do PSTU.  Não sei se ele me viu apoiando a Professora Graciete Santana , candidata a vereadora pelo do PCB nas últimas eleições, no programa eleitoral na TV.  Também estive em atividades de rua do PSTU, e contribui financeiramente para as campanhas desses três partidos.

Por que isso? Porque apesar de todas as divergências que eu tenho com as linhas programáticas desses partidos (o que faz com que eu não me filie a qualquer um deles), eu entendo a importância que eles têm no processo de construção de uma visão unitária para um projeto de transformação estrutural da sociedade brasileira.

Também acompanho há pelo menos 15 anos os esforços em torno da implantação da reforma agrária no Norte Fluminense. Em função disso, eu mantenho uma relação respeitosa com organizações como o MST e a Comissão Pastoral da Terra.  E sempre que sou chamado por eles, contribuo financeiramente e no oferecimento de cursos de formação.

Aliás, esse próprio blog é fruto de minha inquietação frente ao que se passava no V Distrito de São João da Barra, onde o Grupo EB(X) e o governo Cabral (aliados do PT é preciso lembrar) vem expulsando centenas de famílias de terras que ocupam há várias gerações. 

Me desculpe o Douglas da Mata, mas acho que isso não é escapismo ou omissão, é apenas uma decisão de oferecer minha contribuição de forma independente e apartidária, sem que eu me torne omisso.  E eu lhe convido a perguntar a pessoas desses partidos e organizações se eles me consideram descompromisso do ponto de vista militante. 

Em relação ao PT, será que eu preciso desenhar para me fazer entender? Se existem pessoas, como o Douglas, que querem corrigir os rumos do partido, e eu dou o meu maior apoio para que entrem nas instâncias partidárias (onde elas existirem) e lutem para corrigir os rumos. Eu que resolvi gastar minhas energias em um outro projeto, passo!

Finalmente, eu prefiro mil vezes conviver com os erros e equívocos dos que ainda não baixaram as bandeiras do socialismo do que ter que conviver um segundo sequer quem escolheu, em nome da governabilidade burguesa, se abraçar com Maluf, Collor, Calheiros e Afif Domingos. Sei lá, é apenas uma questão de gosto.