segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mais de 20 trabalhadores estão em greve no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e a mídia carioca esconde

Volta ao ‘batente’ adiada

Decisão de manter os “braços cruzados” foi tomada ontem por cerca de cinco mil trabalhadores durante assembleia no Trevo da Reta, em Itaboraí 


por Bruno Carneiro


Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) reunidos na manhã de ontem, em assembleia no Trevo da Reta, em Itaboraí, decidiram pela continuidade da greve, iniciada há uma semana. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), Manoel Vaz, explicou que a reunião de ontem serviu para divulgar aos operários o resultado do encontro com representantes do Sindicato Patronal, que aconteceu na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ocorrido na sexta-feira passada. Como não teria havido avanço, eles optaram por manter a paralisação.

Discursando para aproximadamente cinco mil trabalhadores, número bem abaixo do habitual que costuma girar em torno de 20 mil, Manoel destacou que, por recomendação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), um novo encontro entre as classes, conhecida como “mesa de entendimento”, foi marcada para hoje, a partir das 11 horas. A resposta da reunião será informada na assembleia marcada para a próxima terça-feira. Em caso de avanço, os trabalhadores poderão suspender a greve.

“Haverá mais uma mesa de entendimento amanhã (hoje) às 11 horas. Se algumas das nossas propostas forem aceitas, levaremos a resposta aos funcionários e caberá a eles aprovarem a continuidade da paralisação ou não. Por isso que é por tempo indeterminado. Podemos fazer uma assembleia por semana, mas é para repassar tudo que acontece nas mesas de entendimento”, explicou Manoel. 

Aumento salarial em 12%, reajuste nas horas extras e no vale alimentação, além de uma redução no tempo gasto no trajeto de suas residências para o Complexo e vice-versa, são algumas das principais reivindicações dos trabalhadores.