sábado, 16 de fevereiro de 2013

Efeito e contra-efeito: Grupo EBX lança inventário para restinga pela qual responde processo federal por remover



A coluna de opinião do jornal "Folha da Manhã" deste sábado traz um merchandizing de um suposto projeto que deverá ser desenvolvido pelas empresas da franquia "X" em conjunto com o Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro para fazer um inventário da vegetação de restinga na RPPN Fazenda Caruara, e nas imediações do Porto do Açu e do estaleiro da OS (X). 


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O curioso deste anúncio é que a notícia sai publicada pouco mais de uma semana após o Juiz Federal Dr. Vinícius Vieira Indarte ter determinado que a OSX se abstivesse de, na instalação da Unidade de Construção Naval do Açú (UCN Açú), suprimir restingas localizadas em área de preservação permanente, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00. E essa decisão se dá após efetivas evidências terem sido coletadas que o rico ecossistema já sofreu graves agressões no processo de construção do Porto do Açu (Aqui!).





Então, das duas uma: ou esse merchandizing é uma mera tentativa de contrabalançar o desgaste causado na já decadente credibilidade do Grupo EBX com a decisão do Dr. Vinicius Vieira Indarte, ou estamos apenas diante de um situação paradoxal de que se querer fazer um inventário que mostre apenas que não há mais vegetação alguma para ser protegida. 

Seja qual for a explicação, há que esperar os desdobramentos das decisões do Dr. Vieira Indarte, pois parece que a questão da suspensão da remoção da vegetação de restinga foi apenas a primeira de uma série de decisões sobre outras violações que está ocorrendo nas obras do Porto do Açu.