Após viajar por causa de ameaças, Marcelo Freixo volta ao Brasil
Rio - Após 15 dias na Espanha, o deputado Marcelo Freixo retornou nesta quarta-feira à Assembleia Legislativa do Rio. Em discurso no plenário, o ex-presidente da CPI das Milícias e pré-candidato a Prefeitura do Rio negou que tenha tirado proveito político das ameaças de morte que recebeu - oito em outubro, sendo a mais recente no dia da viagem para a Espanha.
"Apenas quem já viveu isso (ameaças) pode imaginar como é. Minha saída foi muito importante para dizer que as investigações sobre as ameaças não foram feitas, dar um mínimo de equilíbrio a quem precisava, tornar o tema público para o Estado se posicionar e dar um reforço mínimo necessário à minha segurança. Essa máfia foi capaz de matar uma juíza, seria plenamente capaz de matar um parlamentar", discursou Freixo.
Freixo disse que entre as próximas medidas do mandato no parlamento está a coleta de assinaturas para o cumprimento das medidas prevista na CPI das Milícias e uma visita da Comissão de Direitos Humanos à favela da Rocinha.
Durante a votação do plenário, Freixo cobrou novamente o apoio da Alerj para obter a investigação das ameaças. "É obrigação do Estado me dar segurança, pois as ameaças são fruto de meu trabalho público. A Casa tem que cobrar institucionalmente as investigações sobre as ameaças e das medidas da CPI. A cobrança não tem que ser minha, particular".
O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), disse que a Casa jamais "negou qualquer solicitação" feita pelo deputado. "Enquanto eu for presidente da Casa, vossa Excelência tem e terá todo apoio necessário", disse Melo.
