ANP suspende perfurações da Chevron no Brasil
Por Esdras Pereira
Depois do óleo derramado, finalmente o governo brasileiro parece estar tomando uma posição firme em relação ao grave acidente provocado pela Chevron, que mentiu, forneceu vídeos editados ao governo e se omitiu no recolhimento do petróleo no mar.
Agora à tarde, um comunicado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que suspendeu todas as perfurações da Chevron em território nacional. O que paralisa todas as atividades de perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos, até que sejam identificadas causas e responsáveis pelo vazamento de petróleo e implementadas as indispensáveis medidas de segurança.
A decisão, oficializada hoje durante reunião de diretoria foi acompanha de rejeição ao pedido da Chevron de perfurar novo poço no Campo de Frade para atingir a camada de pré-sal. Segundo a ANP, os riscos seriam ainda maiores por conta da profundidade.
A decisão da ANP, segundo o informe, foi baseada em análises técnicas da Agência, que “evidenciam negligência, por parte da concessionária na apuração de dado fundamental para a perfuração de poços e na elaboração e execução de cronograma de abandono, além de falta de maior atenção às melhores práticas da indústria”.
Leia a nota na íntegra:
“A Diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), reunida hoje, determinou a suspensão das atividades de perfuração no Campo de Frade até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área. Essa deliberação suspende toda atividade de perfuração da Chevron do Brasil Ltda. no território nacional.
A ANP rejeitou, na mesma decisão, pedido da concessionária para perfurar novo poço no Campo de Frade com o objetivo de atingir o pré-sal. A Diretoria entende que a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade.
A medida não alcança as atividades necessárias ao abandono definitivo do poço 9-FR-50DP-RJS e a restauração das suas condições de segurança.
A decisão se baseou nas análises e observações técnicas da Agência, que evidenciam negligência, por parte da concessionária na apuração de dado fundamental para a perfuração de poços e na elaboração e execução de cronograma de abandono, além de falta de maior atenção às melhores práticas da indústria.”
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