Tudo parado no Porto do Açu por impasse entre Acciona e funcionários
Carlos Grevi
Essa é a primeira vez que todas as atividades são paralisadas no complexo
As obras de construção no Porto do Açu estão totalmente paralisadas, por causa da greve dos funcionários da empresaAcciona iniciada na manhã de terça-feira (02/04). A informação é da assessoria de imprensa do grupo LLX que disse ainda que as quatro portarias de entrada foram fechadas pelos grevistas, impedindo assim o acesso de oito mil trabalhadores ao porto.
Obras como a implantação do terminal de minério de ferro, fábrica de tubos flexíveis, da unidade de construção naval, aterro hidráulico, produção de blocos, transporte de material e de equipamentos entre outros estão paralisadas. Ainda de acordo com a assessoria, a empresa vai recorrer à justiça para garantir a liberação dos acessos.
Essa é a primeira vez que todas as atividades são paralisadas no complexo, mas segundo a assessoria não compromete o cronograma de obras.
Os funcionários da Acciona permaneceram no local desde esta terça-feira (03/04), quando a reunião realizada no Ministério do Trabalho e Emprego, entre representantes da empresa, funcionários e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliários (STICONCIMO) terminou sem um acordo. Os trabalhadores contaram que um grupo teria passado a noite no local, sendo rendido por outro nesta manhã.
Em frente à principal entrada do canteiro de obras, formou-se uma fila de aproximadamente três quilômetros de caminhões e carretas carregadas de estruturas de ferro e materiais que seguiriam para o Porto.
O caminhoneiro Daniel Ferreira contou que saiu de São José do Rio Preto na tarde do último domingo (31/03) e chegou ao local na tarde desta terça. Assim como ele, Mouhamad Alli Cruz, que saiu do mesmo local e chegou nesta manhã ao Açu também deverá passar a noite na estrada. Eles informaram que foi oferecido lanche, almoço e janta durante o período que estão no local.
Na tarde desta quarta-feira (03/04), representantes dos trabalhadores e da empresa Acciona, Ministério do Trabalho e Emprego e Sindicato dos Trabalhadores da Industria e Construção Civil voltam a se reunir para resolver as reivindicações impostas pelos funcionários.
URURAU
