Arquivo Ururau
OSX disse que demissões ocorreram por adequação à carteira de encomendas do estaleiro
A notícia de 80 demissões de funcionários da OSX, nas obras do Superporto do Açu chegou de forma imprecisa não somente para a população da região, mas também para os próprios trabalhadores e para o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário do Estado do Rio de Janeiro (Sticoncimo-RJ).
De acordo com o presidente do órgão, José Carlos Eulálio, os funcionários ainda não saberiam o motivo das demissões e disseram, em visita do sindicato no último sábado (13/04) ao canteiro de obras do porto, que ao contrário do divulgado pela assessoria, o número de funcionários demitidos chegaria a 140, sendo as 80 já executadas mais 60 até a próxima terça-feira (16/04).
Finalizando, o presidente do sindicato revelou que os funcionários atingidos, assim como a empresa, tem 10 dias para homologar as demissões junto ao órgão e somente depois disso será possível analisar a legalidade ou não das demissões.
“Vamos aguardar algum comunicado oficial para poder dar alguma informação à população, por que uma obra desse tamanho, com tanto trabalho e demitir essa quantidade de gente, é de assustar.”
POSSÍVEIS IMPEDITIVOS
Para o presidente do sindicato, a demissão de mais de 100 funcionários configura uma prática irregular, já que a empresa não está finalizando suas ações no canteiro de obras e segundo informações passadas a ele pelos próprios funcionários outros trabalhadores seriam contratados para ocupar as vagas.
O chefe de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, Clézio Miranda, que não está em Campos e, portanto ainda desconhece o ocorrido na OSX, disse de forma abrangente, que não há impeditivos para as demissões, no entanto há que existir bom senso nesse tipo de ação por se tratar de um número elevado de funcionários. Segundo ele, nestes casos o Ministério Público pode intervir pedindo a anulação das demissões até uma decisão final do juiz.