Por Olivia Alonso | Valor
SÃO PAULO - A Usiminas afirmou hoje em conferência com analistas de mercado que está estudando como reduzir os impactos negativos do atraso do acordo logístico firmado com a MMX, empresa de mineração do grupo EBX.
Segundo Wilfred Bruijn, diretor executivo de mineração da siderúrgica, a empresa está conversando com a MMX em diversas frentes. “Estamos estudando em conjunto o que pode ser feito para mitigar o que o impacto do atraso do porto vem causando na nossa capacidade de exportação,” disse durante teleconferência com analistas, realizada há pouco.
Pelo acordo firmado entre as companhias, a Usiminas se comprometeu a movimentar um volume crescente de minério de ferro pelo Superporto do Sudeste, projeto da MMX em fase final de obras na Ilha da Madeira, município de Itaguaí (RJ). No entanto, as obras do porto atrasaram.
Neste ano, o contrato previa embarques de 4 milhões de toneladas do produto, sendo que 80% estão na cláusula “take or pay”. Assim, a Usiminas poderá cobrar uma multa avaliada em R$ 80 milhões pelo não cumprimento dos embarques no decorrer de 2013.
“O acordo está um pouco atrasado, mas estamos muito próximos da MMX acompanhando a evolução do avanço físico da obra,” disse ainda Bruijn. Segundo ele, a parceria é de fundamental importância para garantir corpo ao projeto de mineração da Usiminas, que passa por uma ampliação para elevar sua capacidade de 8 milhões para 12 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano.
Julián Eguren, presidente da Usiminas, disse que a discussão com a MMX sobre a multa que a siderúrgica tem direito por conta do atraso está sendo feita “amigavelmente”.
Bruijn acrescentou que a Usiminas continua a buscar “mais janelas” para suas exportações, avaliando por exemplo, leilões e concessões de portos. O executivo ressaltou que independentemente das questões ligadas à logística de suas exportações, a companhia tem direcionado volume maior ao mercado doméstico, onde a empresa diz sentir melhora da demanda.