quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Quo vadis Carlos Minc? Quo Vadis INEA?


No dia 01 de Fevereiro, o sempre serelepe (des) secretário estadual do Ambiente e ex-ambientalista Carlos Minc reuniu a imprensa para dar conta das punições que seriam aplicadas ao Grupo EBX pela salinização causada nas águas superficiais do V Distrito de São João da Barra no processo de construção do estaleiro da OS (X) (Aqui!). 


Naquele dia, Carlos Minc indicou duas medidas que seriam tomadas e que até hoje não se tem notícia de quando serão executadas:

1. contato com o Laboratório de Ciências Ambientais da UENF para iniciar um processo de monitoramento conjunto do processo de salinização, e

2. pagamento de um valor ainda não definido aos produtores rurais locais impactados pela salinização.


O mais grave disso é que um número significativo de produtores que estão tendo prejuízos incalculáveis com a perda de seus plantios, além de estar sem nenhum perspectiva de quando poderão a plantar em áreas que estão literalmente esterilizadas pela acumulação de sal que ocorreu em suas terras.


Pelo que tenho acompanhado, o INEA e o serelepe Carlos Minc andam com um discurso mais pró-Porto do Açu do que os próprios representantes das empresas do Grupo EBX.   Será que Minc e o INEA  querem ser mais realistas do que o Rei (ou seja, o Grupo EBX) ?

Assim não chega a ser surpreendente que tenhamos chegado a uma situação em que não foi o órgão ambiental ou o dublê de (des) secretário e ex-ambientalista quem mostrou alguma disposição, ao menos no plano discurso, de tomar medidas objetivas para se começar a estudar o que está acontecendo com as águas e solos do V Distrito de São João da Barra !

Por essas e outras é que eu fico me perguntando sobre quando é que o IBAMA vai finalmente assumir suas responsabilidades para chamar para si as responsabilidades de emitir licenças ambientais e monitorar a efetiva implementação das medidas mitigatórias mínimas que normalmente enfeitam os EIA/RIMAs.

Finalmente, a única coisa que não pode acontecer é que os agricultores do V Distrito continuem sendo prejudicados sem nenhum tipo de compensação financeira contra as perdas que lhes foram impostas pela construção do Complexo do Açu.