A luta pela justiça social e pela defesa da Natureza tem tantos mortos no Brasil que tem hora que a gente esquece de todos eles. Mas hoje, 12 de fevereiro, é a data do assassinato da missionária Dorothy Stang que foi covardemente abatida com seis tiros exatamente há oito anos atrás
Apesar de ser constantemente ameaçada, Dorothy Stang se negou a abandonar os camponeses que lutavam para proteger a floresta amazônica. Em uma frase atribuída a ela, Dorothy teria dito que "não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar."
Por esse compromisso firme com os pobres, Dorothy acabou sendo assassinada, e seus algozes tiveram toda sorte de benesse do Estado brasileiro, e a maioria dos culpados já se encontra livre, e provavelmente criando outros mártires na Amazônia.
A forma vergonhosa com que o assassinato de Dorothy Stang foi tratado é bastante relevador da verdadeira natureza do Estado brasileira, e das oligarquias que continuam controlando-o de fato.
Esse reconhecimento torna obrigatório que seu martírio seja honrado com a continuidade da luta que ele travou em defesa dos pobres e da floresta que eles defendem para garantir sua sobrevivência.
