A matéria abaixo saída do site do VALOR ECONÔMICO confirma que que a multinacional E.ON vai comprar boa parte do controle das ações de Eike Batista na MP (X), numa operação que deverá render US$ 2,5 biçhões, sendo que esta parte ficará até 35% para que os alemães não tenham que internalizar a dívida líquida da MP (X) em seu balanço.
Para ajudar Eike e a E.ON a fazer essa operação aparece o BNDESPar, braço do BNDES, que vai injetar mais recursos e aumentar sua participação nas empresas da franquia "X".
É por essas e outras que um inteligente amigo meu comparou Eike Batista a Daniel Dantas que era o queridinho da vez nos governos de FHC e que levou bilhões de recursos públicos para tocar seus negócios. Agora, nos governos de Lula e Dilma, o ungido da vez é Eike Batista. Resta ver se Eike vai conseguir vender mais empresas para conseguir vender mais empresas para salvar os seus negócios, pois esse movimento lhe renderá US$ 1,1 bilhão e a notícia que corre no mercado é que ele precisa de bem mais.
O fato é que sempre haverá gente achando que esse foi um movimento natural de Eike que é um iniciador e não um tocador de negócios. Mas não deixe de ser sintomático que ele tenha de vender uma empresa que finalmente começava a sair da fase pré-operacional. De quebra, o que temos é o crescimento da influência multinacional no setor energético brasileiro. Como se ter a AMPLA por aqui já não fosse suficiente, agora chega a E.ON. Obrigado, BNDES!
Eike vai vender o controle da MPX para E.ON
Por Cláudia Schüffner e Ana Paula Ragazzi | Do Rio
O empresário Eike Batista está perto de vender o controle da MPX ao grupo alemão E.ON. O desenho em estudo prevê que a fatia da E.ON passe dos atuais 11,7% para um percentual que dará o controle aos alemães. Anteriormente, havia preocupação em não ultrapassar os 35%, patamar que obriga a alemã a consolidar a dívida líquida da MPX (R$ 5,4 bilhões em dezembro) em seu balanço.
Além da E.ON, outras gestoras deverão entrar na operação, comprando parte das ações do empresário e também participando de um aumento de capital que deverá injetar US$ 1,5 bilhão na empresa. Entre esses gestores, Dynamo e Gávea-J.P. Morgan deverão acompanhar a operação, além de Bradesco e BNDESPar. Outros US$ 1 bilhão irão para o bolso de Eike. No total, a operação deve alcançar US$ 2,5 bilhões, como publicado com exclusividade pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.