Do UOL, em São Paulo
A empresa de mineração MMX, do grupo de Eike Batista, anunciou nesta terça-feira (10) que fechou acordo com a trading Trafigura e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, para negociar exclusivamente por quatro semanas um contrato no qual as duas estrangeiras deverão tornar-se controladoras e operadoras do Porto Sudeste, no litoral do Rio de Janeiro, mediante injeção de US$ 400 milhões, informou a empresa em comunicado enviado ao mercado.
As empresas do bilionário Eike Batista enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores.
Empresas brasileiras estavam de olho em porto
Empresas brasileiras negociavam a compra do porto Sudeste, segundo rumores de mercado.
O movimento tentaria evitar que o porto caia em mãos de gigantes estrangeiras, como a holandesa Trafigura, com as quais a MMX já havia confirmado negociações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Entre as empresas interessados no porto estavam: CSN, Gerdau, Usiminas e a mineradora Vale. A Gerdau negou interesse.
Com um porto no país, essas empresas teriam mais poder para influenciar o mercado de minério de ferro no Brasil, com eventuais efeitos negativos para os grupos nacionais.