Mercado financeiro aposta que o empresário brasileiro não honrará uma parcela de US$ 44,5 milhões que vence nesta terça-feira; para reestruturar suas dívidas, a empresa OGX, que já foi a joia da coroa de Eike Batista, precisaria de mais US$ 500 milhões, mas não tem mais acesso a novas fontes de crédito; pedido de recuperação judicial é aguardado para os próximos dias; ex-conselheiros, Pedro Malan e Ellen Gracie renunciaram quando Eike não cumpriu a promessa de aportar US$ 1 bi nas empresas
247 - A informação antecipada pelo 247, sobre o possível calote de Eike Batista no primeiro dia de outubro (leia mais aqui), foi confirmada pelo jornal Estado de S. Paulo. De acordo com o jornal da família Mesquita, o empresário deve iniciar, nesta terça, um megacalote, deixando de honrar uma parcela de US$ 44,5 milhões, em bônus captados no exterior (leia aqui).
Com dívidas estimadas em mais de R$ 25 bilhões, concentradas no BNDES e em alguns bancos privados, o grupo EBX, de Eike Batista, contratou a consultoria Angra Partners e deve anunciar, em breve, um pedido de recuperação judicial, que lhe daria certa proteção em relação aos credores.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o calote da OGX, petroleira de Eike, que será iniciado amanhã, faz parte de uma dívida total de US$ 3,6 bilhões em bônus e será o maior já anunciado por uma empresa latino-americana.
Até recentemente, Eike tinha como conselheiros o ex-ministro Pedro Malan, da Fazenda, no governo FHC, e a ex-ministra Ellen Gracie, que foi do Supremo Tribunal Federal. Os dois saíram quando ficou claro que Eike não honraria uma promessa de capitalizar sua empresa em US$ 1 bilhões, conforme havia prometido em fato relevante.
Hoje, para reestruturar suas dívidas, Eike necessita de US$ 500 milhões, mas as portas do mercado de crédito se fecharam completamente para ele.