PF retirou mãe e filho do Rio de avião, na noite de sexta-feira (20). DH prefere não se pronunciar sobre viagem das testemunhas-chave.
Alba Valéria Mendonça, Do G1 Rio
Amarildo de Souza, ajudante de pedreiro desaparecido há mais de um mês (Foto:
Reprodução Globo News)
Duas testemunhas-chave do caso do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza deixaram o Rio de Janeiro na noite de sexta-feira (20). A mãe e o filho adolescente que contaram em depoimento à Divisão de Homicídios que foram coagidos por policiais para dar falsas declarações sobre o caso, pediram ingresso no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. O programa confirmou o pedido feito pelas testemunhas.
Os dois deixaram o Rio de avião, acompanhados por agentes da Polícia Federal. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, devido à complexidade do caso, ficou acertado que seria mais adequado tirar as testemunhas da cidade.
O ingresso no programa ainda vai ser avaliado por técnicos da secretaria. Eles vão fazer a análise dos riscos que as testemunhas estão correndo e decidir se eles têm direito ou não à acolhida. O resultado dessas análises deve ficar pronto num prazo de uma semana a dez dias.
A Divisão de Homicídios, que investiga o caso, prefere não se pronunciar sobre a saída do Rio das testemunhas-chave do caso, e se concentrar nas investigações.
Relatório quase pronto
O relatório final dos investigadores da Divisão de Homicídios (DH) sobre o desaparecimento de Amarildo, ocorrido em 14 de julho, está quase pronto. O ajudante de pedreiro sumiu quando foi levado por PMS para a sede da UPP da Rocinha, no alto da comunidade. Os policiais negam envolvimento no sumiço e dizem que liberaram Amarildo depois de constatar que não havia qualquer mandado de prisão contra ele.