Eu sei por experiência pessoal que quando a fase é ruim, a tendência é que ela se torne péssima. Essa, aliás, é uma das máximas da chamada Lei de Murphy. No caso do ex-bilionário Eike Batista a lista de más notícias parece ser quase tão longa quanto a dos empréstimos não pagos juntos a diferentes instituições financeiras públicas e privadas.
Abaixo segue três notas publicadas nos últimos dias na coluna do jornalista Lauro Jardim na Revista Veja, onde outrora só desfilavam boas notícias sobre o Mister "X". Mudou o rumo da fortuna de Eike, mudou o conteúdo das notas. E la nave va.
Operação desmonte
Eike: irritado com o governo
A luxuosa e espaçosa sede da EBX em Nova York, que inclui uma mesa de reuniões com 40 assentos, tem novo ocupante: Benjamin Steinbruch. O dono da CSN pagou 700 000 dólares paraEike, que repassou o contrato de locação do escritório.
A propósito, nesta fase de baixa Eike Batista anda soltando o verbo contra o governo. Culpa Brasília por alguns investimentos que fez. Em conversas reservadas, diz que lhe fora prometido um suporte que nunca recebeu
Mais uma baixa
Mais um executivo está deixando o grupo X, de Eike Batista. José Gustavo de Souza Costa, presidente da CCX e da AUX, abandonou o barco ontem à noite. Já vinha se desentendendo com Eike há tempos.
Nova turbulência
Eike: demissão por telefone
A OGX passa desde ontem à noite por uma nova turbulência, desta vez interna. Por telefone,Eike Batista demitiu o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da OGX, Roberto Monteiro.
A demissão, feita por telefone, aconteceu depois de Monteiro ter batido de frente com Ricardo K, o novo comandante-em-chefe da EBX.
A pedido de alguns diretores, Eike chegou a voltar atrás. Mas, mais tarde, reafirmou a decisão, depois de uma conversa com K.
Neste instante, a diretoria da OGX está reunida, em Nova York. Luiz Carneiro, presidente da OGX, foi contra a demissão de Monteiro. E está bastante contrariado.
Não é exatamente um bom momento para brigas internas. A OGX está perto de concluir uma importante negociação de venda de 40% de participação de dois blocos de exploração da petroleira de Eike. Uma operação de 850 milhões de dólares.