Os brasileiros ficaram recentemente privados de um dos maiores dribles políticos do Século XXI. Este se deu quando o presidente russo Vladimir Putin entrou em contato com o jornal estadunidense "The New York Times" para publicar um artigo onde descascava a política do presidente Barack Obama em relação à guerra civil na Síria (Aqui!).
O artigo de Putin intitulada "Um pedido de prudência da Rússia" teve um impacto tão grande que quebrou os recordes de acesso do New York Times e, sim, obrigou o prêmio Nobel da Paz (acreditem se quiser) Barack Obama a dar uma meia volta na anunciada guerra na Síria, e voltar à mesa de negociações com os russos.
Em um artigo no jornal britânico "The Guardian", o jornalista Vadim Nikitin (Aqui!) afirmou que na questão síria, Putin havia se comportado como um Maquieval moderno e que, pasmem, isso era uma coisa boa. Afinal, afirmou Nikitin, parafraseando o New York, ao reverter os papéis de bons e maus, Putin mostrou um grau maior de sanidade e responsabilidade moral do que Obama.
Nesse imbróglio todo, o mais impressionante é o silêncio da mídia corporativa brasileira que passou ao largo de um debate que deverá trazer importantes consequências geopolíticas para o mundo.
Vamos agora esperar que Dilma Rousseff tenha tirado alguma lição dessa manobra genial de Putin, e não coloque o Brasil de joelhos frente a Obama na sua próxima visita aos EUA.
