A matéria abaixo publicada no site do Jornal Folha da Manhã é um indicativo de mais problemas para o Porto do Açu. Isto porque a presidente da Petrobras, Graça Foster, teria afirmado que não "existe a menor possibilidade, pelo menos no momento, de injeção de recursos federais no projeto". Ainda que isso não seja totalmente verdade, já que o Porto do Açu só não afundou de vez por causa dos generosos empréstimos do BNDES, essa sinalização não deixa de ser importante. Aliás, como o pessoal do Grupo EB(X) adora propagar esse termo, eu diria que essa afirmação de Graça Foster é "um fato significativo".
Mas como Eike Batista não é de desistir fácil é provável que mais novidades ainda venham a ser repercutidas, de modo a melhorar a situação desesperadora em que o empreendimento do Porto do Açu se encontra nesse momento. Agora, até o mais otimista dos "Eike boys" deve estar com uma pulga gigantesca atrás das orelhas.
E não custa lembrar ao prefeito Neco, de São João da Barra, que agora só faltam 54 dias para a normalidade voltar ao Porto do Açu!
Petrobras diz que interesse é só na estrutura
Embora exista a intenção do governo federal em apoiar o Superporto do Açu, empreendimento do megaempresário Eike Batista, na praia do Açu, litoral de São João da Barra, não existe a menor possibilidade, pelo menos no momento, de injeção de recursos federais no projeto. A posição foi manifestada pela presidente da Petrobras, Graça Foster, em entrevista concedida na última terça-feira ao jornal Folha de São Paulo, e postada ontem pelo blog Painel, hospedado na Folha Online e assinado pelo jornalista Saulo Pessanha. “Não há previsão nem discussão da colocação de nenhum dólar em investimento no Açu, e sim da utilização e contratação de terminais e portos que eventualmente eles possam oferecer para nós a preços competitivos”, disse ela, praticamente ratificando o que já havia informado há cerca de um mês, quando o projeto entrou em crise por conta da queda das ações de Eike na Bolsa de Valores de São Paulo.
Graça Foster, no entanto, confirmou também que a estatal brasileira do petróleo está em permanente contato com as empresas da holding EBX, de Eike Batista. “Temos conversado sistematicamente com as empresas do grupo. Tudo que tem a ver com petróleo. OGX, OSX, todas elas. Sempre que há relação direta com negócios da Petrobras”, afirmou ela, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
De acordo com a presidente da Petrobras, a intenção da companhia, no caso específico do Superporto do Açu, é exclusivamente de contratar serviços. Graça também afirmou que muitas reuniões com executivos do grupo EBX acontecem em seu próprio gabinete, na sede da estatal no Rio de Janeiro, enquanto outras acontecem “em vários níveis da Petrobras”.
As empresas de Eike Batista vivem uma crise de confiança no mercado financeiro, com perda expressiva de valor de mercado. Entre os problemas apontados, no caso do Superporto, seriam relacionados à estrutura, questionada pela coluna Holofote, da revista Veja, que motivou o Ministério Público Estadual, em Campos, a solicitar vistoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). Em nota, a LLX e a OSX negaram haver qualquer tipo de problemas na estrutura do projeto.
Nas últimas semanas, demissões foram confirmadas pela OSX, responsável pela construção do estaleiro no Açu. Na ocasião, em nota, a OSX informou que os ajustes que estão sendo realizados no quadro de funcionários da companhia fazem parte de um processo de adequação da equipe à sua atual carteira de encomendas, que conta com unidades contratadas pela OGX, Petrobras, Sapura e Kingfish.
FONTE: http://fmanha.com.br/economia/petrobras-diz-que-interesse-e-so-na-estrutura
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