Profissionais da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec) entraram em greve na tarde de hoje (21), após assembleia em frente a Secretaria de Ciências e Tecnologias, no Centro do Rio. São três as reivindicações da classe: revisão do plano de carreiras, reposição de perdas salariais de 36.47%, e chamada de 500 concursados. A sinalização para as paralisações já havia sido dada no último dia nove, em assembleia no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj).
- O nosso plano de carreiras foi elaborado em 2010 e concluído no ano passado, por uma comissão composta por representantes do sindicato e da diretoria da Faetec, mas até hoje ele possui pendências jurídicas, que no nosso entender já eram pra ter sido resolvidas pelo estado – explica a coordenadora Geral do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sindpe) da Faetec no Norte Fluminense, professora Fabiana Sales.
Enquanto a reivindicação de reposição salarial é de 36.47%, o governo propõe apenas 7%, e nem esses foram aprovados, encontrando-se ainda em análise pela Alerj. No ano passado, através de uma mobilização que durou uma semana, foram conquistados 3.5%, enquanto a intenção era de 5%. A classe sindical pede também o chamamento de 500 aprovados no concurso. A convocação de contratados só deve se dar em caso de extrema necessidade, mas hoje eles já correspondem a 50% do número de funcionários.
Uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira, às 17h na Faetec de Quintino, e nela será decidido se a greve continuará ou não. Em Campos, os cursos da Faetec se dão em três unidades: Colégio Agrícola, Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaerp, e Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins. Estima-se que cerca de 500 alunos estejam sendo prejudicados.
Bruno Almeida