quinta-feira, 4 de abril de 2013

Empresas de Eike Batista perdem R$ 1,3 bilhão de valor de mercado nesta quinta






SÃO PAULO - A velha máxima de que "não há nada tão ruim que não possa piorar" pode ser aplicada ao momento atual vivido na Bolsa brasileira pelas empresas do grupo EBX, de Eike Batista. Com nova queda, as seis empresas do megaempresário com ações listadas na Bovespa amargaram uma perda de R$ 1,254 bilhão de valor apenas nesta quinta-feira (4). No ano, a diminuição de valor já chega a R$ 14,1 bilhões.


Avaliando a participação de Eike Batista no capital de cada uma das empresas, o patrimônio do megaempresário diminuiu R$ 715,8 milhões nesta sessão, segundo levantamento feito pelo Portal InfoMoney. Com isso, a riqueza de Eike diminuiu em R$ 8,125 bilhões no acumulado destes pouco mais de três meses do ano.
OGX "perde" R$ 776,6 milhões de valor de mercado

A queda mais sentida foi justamente da maior empresa do Grupo, a OGX Petróleo (OGXP3). As ações da companhia fecharam esta sessão com desvalorização de 10,81%, cotadas a R$ 1,98 --seu menor patamar da história na Bolsa.

Em valores absolutos, a companhia perdeu hoje R$ 776,6 milhões de valor de mercado. Com isso, a empresa vê suas ações acumularem queda de 54,79% em 2013, o que equivale a uma perda de R$ 7,8 bilhões de valor de mercado.

Além do já conhecido "risco X" que as companhias de Eike Batista têm carregado nos últimos meses --tendo em vista que boa parte dos projetos de suas empresas está com os prazos já estourados--, o fluxo de notícias recentes sobre a empresa também pouco agradou os investidores. Na noite anterior, a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou a nota da dívida da petroleira de "B" para "B-", com perspectiva negativa. 

Nessa nota, a agência entende que a empresa ainda possui capacidade de honrar seus compromissos financeiros, mas se a nota for rebaixada em mais um degrau, para CCC, ela vai se tornar dependente de condições favoráveis de negócios, financeiras e econômicas para honrar os compromissos financeiros.
MMX também fecha abaixo de R$ 2

Logo à frente da OGX entre as maiores quedas do Ibovespa, a ação da MMX Mineração (MMXM3) fechou esta sessão com queda de 7,32%, cotada R$ 1,90 --seu menor patamar desde 28 de outubro de 2008-- e ampliando suas perdas no ano para 57,30%. Em valor de mercado, a mineradora de Eike Batista perdeu R$ 146,0 milhões nesta quinta e R$ 2,48 bilhões em 2013.

O título híbrido da MMX, negociado em bolsa sob o ticker MMXM11, também caiu forte --queda de 6,33%, fechando na sua mínima histórica (R$ 2,22), estendendo as perdas de 2013 para 36,21%.

Outra a renovar sua mínima histórica foi a OSX Brasil (OSXB3), que caiu 5,88%, para R$ 4, perda de R$ 73,4 milhões de valor de mercado. Em 2013, o papel já recuou 62,44%, que equivale a R$ 1,95 bilhão perdidos.

A LLX Logística (LLXL3) não ficou muito distante e viu suas ações recuarem 3,81%, fechando este pregão a R$ 2,02 --perda de R$ 55,5 milhões de valor de mercado. No ano, a queda é de 15,83%, ou R$ 263,7 milhões.