sexta-feira, 27 de abril de 2012

SÉRGIO CABRAL: ENTRE O CÍNICO E O BIZARRO

O governador Sérgio Cabral anda tendo umas semanas terríveis, especialmente após a inclusão da Construtora Delta, do seu compadre Fernando Cavendish no escândalo Cachoeira. Afinal de contas, do que transpirou até agora o viajante governador do Rio de Janeiro também está atolado nas águas desta cachoeira.

Mas essa situação para lá de preocupante não justifica as caras e bocas que Sérgio Cabral anda fazendo em suas últimas aparições públicas onde uma face contrita mostra que se passa na alma do governador que mais viajou ao exterior na história do Rio de Janeiro.

Por outro lado, Sérgio Cabral anda dizendo umas coisas que nem ele mesmo deve acreditar. E, pior, se acreditar estaríamos em condições de pedir o seu impedimento por razões que extrapolam o nível político.

Vejamos a declaração abaixo que foi postada, acredito por descuido editorial, na edição desta 6a. feira no Jornal Folha da Manhã


Convenhamos que Sérgio Cabral vir a público descrever a atual situação no Brasil e, por extensão, uma onde há respeito ao meio ambiente menso de 24 horas após a Cãmara dos Deputados aprovar uma versão do Código Florestal que deverá significar uma ampliação sem precedentes na remoção de florestas e da vegetação que ainda sobra em nossas cidades? E pior Sérgio Cabral nem parece lembrar que ele, com a colaboração valiosa do ex-ambientalista Carlos Minc, transformou o Rio de Janeiro no paraíso do licenciamento ambiental "Fast Food"  que hoje ameaça transformar o nosso estado numa zona de sacrifício social e ambiental nos piores moldes do que foi a cidade de Cubatão na década de 70 do Século XX.

Enfim, a declaração acima, vinda de Cabral, só pode ser cinismo porque é bizarra demais para ser motivada por outra coisa.