O RIO DE JANEIRO ANUNCIANDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO NOS TEMPOS DA DITADURA MILITAR
Em 1972, durante a Conferência da ONU para o Meio Ambiente que foi realizada em 1972, aonde foram estabelecidos os primeiros compromissos de redução do impacto econômico sobre o meio ambiente.o Ministro do governo militar João Paulo dos Reis Veloso disse “Venham poluir o Brasil!”. Em outra ocasião, na mesma Conferência, declarou que “no Brasil há muitos rios para poluir”. Na época, havia permissão legal e incentivos fiscais para substituir o que chamavam – de forma quase pejorativa – de florestas heterogêneas por florestas homogêneas com eucaliptos ou pinheiros-do-caribe, na metade da área das propriedades rurais. Desta forma era oficialmente permitida e incentivada a derrubada de matas originais em qualquer bioma.
Agora, às vesperas da realização de uma conferência da ONU que deverá decidir o que será feito para melhorar o desiquilíbrio existente entre crescimento econômico e exploração dos recursos naturais, e que coincidentemente ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) parece ter estar indo fundo na política do licenciamento ambiental "Fast Food", e voltando ao tempo da ditadura no que tange aos processos de licenciamento ambiental. Pelo menos é o que se entende do folder cuja capa é mostrada abaixo.
O único mistério que se coloca é como o INEA pretende facilitar ainda mais um sistema de licenciamento que já produziu coisas terríveis como a Companhia Siderúrgica do Atlântico. Vai ver que no melhor estilo das cadeias de fast food, o (des) secretário Carlos Minc agora vai lançar o licenciamento ambiental "Fast Food Light".
Mas uma coisa é certa: vem mais poluição por ai!