O jornal Folha de Sâo Paulo noticiou neste domingo que a Fibria/Aracruz foi uma das corporações que sofreu fortes desvalorizações nas bolsas de valores nas últimas semanas. A razão desta derrocada das ações da Fibria/Aracruz foi o medo de uma forte recessão econômica mundial, a qual se confirmada implicaria numa redução da demanda por celulose e seus derivados.
Pois bem, eis ai uma boa notícia para o ambiente e para os segmentos da população que sofrem na pele o azar de possuírem terras nos mesmos territórios em que a Fibria/Aracruz decide expandir seus monocultivos de eucalipto.
Não custa lembrar que a ex-Aracruz (hoje repaginada como Fibria) foi uma das empresas que mais perdeu na crise financeira de 2008 em função de suas apostas no mercado futuro de dólar. E também não custa lembrar que a Fíbria só passou a existir após uma engorda injeção de recursos do governo federal através do BNDES. A verdade é que só um terço da dinheirama que foi injetada para salvar a Aracruz tivesse sido investida no processo de reforma agrária, o Brasil estaria mais bem posicionada para enfrentar o problema da segurança alimentar e, de quebra, para exportar alimentos.
