sábado, 7 de setembro de 2013

A repressão policial no Rio de Janeiro pode acelerar a queda de Sérgio Cabral


Num desses acasos causados pelas obras espalhadas no entorno da Rodoviária Novo Rio, acabei indo parar no meio da repressão policial que estava comendo solta no entorno da Central do Brasil. Lá vi dezenas de policiais da cavalaria, policiais da tropa de choque e dezenas de viaturas da PM circulando ou bloqueando o trânsito.

O motivo desse aparato todo seria conter as manifestações, majoritariamente pacíficas diga-se de passagem, que movimentos sociais realizavam no que é conhecido como "Grito dos Excluídos", uma ação que ocorre anualmente no dia 7 de Setembro desde 1995.

A ação truculenta da Polícia Militar não poupou sequer centenas de pessoas que assistiam ao desfile cívico do 7 de Setembro nas arquibancadas próximas ao lugar dos desfiles.  Mais tarde vi pela TV as cenas de famílias inteiras que foram atingidas por gases de pimenta e lacrimogênio, bem como transeuntes incautos que foram atacados por terem sido confundidos com manifestantes.

Apesar da repressão policial ter sido forte em várias capitais, no Rio de Janeiro a polícia atuou com especial violência. A questão de fundo é, com certeza, a situação política desesperadora em que se encontra o (des) governador Sérgio Cabral. Algum esperto dentro desse (des) governo deve achar que a repressão vai amedrontar os manifestantes e dar um tempo respiro a Cabral. Ledo engano! Do jeito que vai Cabral não vai emplacar nem as festas natalinas como governador.