sexta-feira, 20 de julho de 2012

JÁ QUE FALEI DA POESIA DE PAULO LEMINSKI, MAS NÃO POSSO ESQUECER DE MÁRIO QUINTANA




Como enveredei recentemente pelo campo das reminicências poéticas com Paulo Leminski, não posso deixar de lembrar de outro dos meus favoritos, o gaúcho Mário Quintana cuja obra e vida são também muito peculiares.


Quintana viveu quase o dobro do tempo do Leminski, mas nunca se casou e viveu 22 anos num hotel que hoje abriga um centro cultural que carrega o seu nome no centro histórico de Porto Alegre (RS).  Ao contrário de muitos falastrões que hoje ocupam cadeiras na Academia Brasileira de Letras, Quintana jamais obteve essa honraria. E após ter sido rejeitado três vezes, recusei uma quarta oportunidade mesmo tendo sido avisado de que seria eleito de forma unânime.


Mas felizmente a poesia de Mário Quintana sobrevive e revive todos os dias. Abaixo um pequeno exemplo de sua genialidade poética!

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela…
Um dia nós percebemos que as mulheres tem extinto “caçador” e fazem qualquer homem sofrer…
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável…
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples…
Um dia percebemos que o comum não nos atrai…
um dia saberemos que ser classificado como “bonzinho” não é bom…
Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você…
Um dia saberemos a importância da frase ” Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas…”
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém mas não damos valor a isso…
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais…
Enfim… um dia descobrimos que apesar de viver quase 1 século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos que os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito…
O jeito é: ou nos conformarmos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutarmos para realizar todas as nossas loucuras…
Quem não compreender um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação".

Mario Quintana.